A canção escolhida pelo jogador, apesar de mais conhecida por ser trilha sonora da série “La Casa de Papel”, foi adotada como hino da resistência antifascista italiana durante a Segunda Guerra Mundial e até hoje carrega esse simbolismo. Do outro lado, os “ultras” da Lazio têm um longo histórico de episódios de discriminação. Além da exaltação pública a figuras como o ditador Benito Mussolini, não é raro vê-los envolvidos em manifestações antissemitas e racistas.
Após os ataques direcionados a Hysaj, a Lazio se pronunciou por meio de uma nota oficial, sem se aprofundar no assunto. No comunicado, o clube disse que vai preservar o jogador, pois considera que o caso está sendo explorado politicamente.
“É função do clube proteger seu jogador e retirá-lo de situações em que ele está sendo usado para ganho pessoal ou político. O campo de treinamento deve continuar no clima de calma que tivemos até hoje”, diz o texto publicado pelo clube.
Outros episódios recentes ilustram bem o comportamento recorrente dos “ultras” do clube romano. Em 2019, torcedores exibiram uma faixa com os dizeres “Honra a Benito Mussolini” antes da semifinal da Copa Itália contra o Milan. Durante a partida, protagonizaram ataques racistas contra o meia francês Bakayoko, assim como já fizeram com Mário Balotelli, em janeiro do ano passado.
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