O Diário do Sudoeste entrevistou o Secretário de Obras Públicas de Pato Branco Daniel Parcianello, que explanou sobre a obra de revitalização da Avenida Tupi, no trecho entre a Rua Oswaldo Aranha e o trevo da BR-158.
Diário do Sudoeste – Daniel, sobre o revestimento asfático, o que a obra contemplou?
Daniel Parcianello – O pavimento tinha muitas rachaduras e ondulações, e como medida inicial realizamos vários ensaios e testes como o CBR, além de aplicar a viga Beckman, que nos permite medir as deformações do pavimento à medida que passa por ele. Também contamos com a ajuda do DEPATRAN, que já realiza esse serviço para nós em todas as ruas, fazendo a contagem dos veículos. Isso nos permite identificar quantos veículos leves, médios e pesados passam por essas vias, especialmente quando vamos iniciar um projeto. Então esses são parâmetros iniciais.
Diário – O pavimento era muito antigo e sofreu um recape há cerca de 12 anos, necessitando de uma reforma ampla?
Parcianello – Sim, a pavimentação era antiga, claro que foi recapada algumas vezes, mas nunca foi feita uma base que pudesse sustentar e dar uma durabilidade maior para o pavimento mesmo, para a capa de asfalto. Então detectamos com esses ensaios quais eram os locais mais críticos para que se fizesse reforço. Então teve trechos ali que a gente tirou uma boa camada, até 80 centímetros, para poder refazer esse solo mole que tinha embaixo. Então foi colocado rachão, brita graduada e o asfalto. Pra que tivesse um pavimento com uma qualidade e durabilidade que se espera que tenha os pavimentos de asfalto.
Diário – Foi cogitado o pavimento em concreto?
Parcianello – No princípio foi feito um estudo pra fazer em concreto, mas como o valor deu muito além do que a gente esperava, próximo de 9 milhões e o orçamento para realizar a obra total em asfalto foi de 6,9 milhões, optou-se pelo asfalto.
Diário – Sobre as calçadas e o canteiro central, o que foi realizado e o que será feito posteriormente?
Parcianello – Foi planejado a revitalização das calçadas. Claro que muitas delas já estavam construídas e dentro do padrão, mas outras estavam um pouco fora do padrão, então simplesmente as consertamos. Em alguns casos, desmanchamos uma parte, e assim você verá que existem pavimentos novos e usados. Não fazia sentido tirar tudo, especialmente considerando que o custo seria muito elevado. Portanto, optamos por refazer os meio-fios e a iluminação. Estamos também elaborando um projeto para os canteiros centrais, que será implementado em uma etapa futura, e de uma maneira diferente do que é feito atualmente com metal e madeira. Mas isso é algo para o futuro, após a conclusão das etapas atuais.
Diário – Como está o andamento da obra?
Parcianello – Não teve atraso, acreditamos, até que vão entregar antes do prazo. Teve algumas modificações, pequenas modificações, mas teve, de pintura, de faixas. Ali na rotatória do Anjo, foram suprimidas algumas vagas pra dar um fluxo melhor naquela rotatória. O que chegava ali era um gargalo, né? Inclusive o canteiro central logo abaixo do ponto de ônibus, ele abria, então deixamos mais estreito pra que as duas faixas pudessem dar sequência. Antes chegava duas faixas, daí se tornava uma pra poder fazer uma rotatória e abria de novo duas faixas. Então suprimimos essas vagas de estacionamento para que o fluxo neste trecho tivesse continuidade, para que nos horários de pico não tivesse gargalo. Também foi executado as entradas para conversão a esquerda nas ruas Parigot de Souza e Eliane Caldato Amadori, onde dá atrás, no meio do corredor da rua, que dá atrás do estádio, e assim nas outras também. Então essas interferências que mudou do que tínhamos, antes tinha uma faixa contínua, tinha que fazer uma rotatória lá no fundo e voltar da maneira correta. Já no planejamento da obra contemplava semáforos nas esquinas da Av. da Inovação e da Rua Eliane Caldato Amadori, que foram colocados em funcionamento antes do início das obras.
Diário – Houve readequação das redes de água e esgoto nesse trecho?
Parcianello – O município articulou junto a Sanepar para que ela fizesse uma rede de água nova. Então a Sanepar trabalhou junto com a empreiteira que ganhou a obra. Talvez as pessoas não tenham percebido, mas tinha duas empresas trabalhando ali. Uma terceirizada Sanepar e a que ganhou a licitação para a obra.
Diário – Ampliação da galeria do Rio Ligeiro?
Parcianello – O Município também estava trabalhando na ampliação da galeria do Rio Ligeiro, próximo à rotatória do anjo. Isso faz parte de um plano mais amplo relacionado às drenagens que vêm da Bacia do Bonatto, Pinheirinho e do Córrego do Penso, abrangendo toda a cidade em si. Eu sempre destaco que precisamos resolver o problema de baixo para cima. Portanto, a oportunidade ali era tanto útil quanto agradável para construir a avenida nova e aproveitar para fazer essa passagem. Ou seja, instalamos uma galeria ao lado da que já existia, duplicando assim a capacidade de fluxo de água naquela região.
Se vocês observarem também na curva do rio logo depois da galeria foram realizados ajustes. Antes havia ali uma curva que gerava um redemoinho que não permitia o fluxo contínuo de água, problema corrigido dando assim maior vazão.
Diário – Rede de esgoto, terá alteração?
Parcianello – O Município tem articulado junto a Sanepar para alterar uma tubulação de esgoto, que é de mais ou menos 60 centímetros de aço, que passa bem na frente da galeria. Essa tubulação a Sanepar já está preparando uma mudança para, em vez de atravessar a galeria, para uma posição onde não seja mais um obstáculo para água.
A previsão contratual para finalização da obra é 30 de setembro, como falta muito pouco imaginamos que seja entregue antes do prazo.
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