Com o tempo de 10s33, sua melhor marca pessoal, o congolês foi o melhor de sua bateria e avançou para a próxima fase. Em outras baterias, os primeiros colocados foram Ngoni Makusha, do Zimbábue, com 10s32, e Barakat Al Harthi, de Omã, que fez 10s27 para vencer sua corrida. As disputas continuam ao longo deste sábado, com novas baterias a partir das 07h15, horário de Brasília (19h15 no Japão).
Vítima dos conflitos armados do congo, Keletela se mudou para Portugal em 2016, após a morte dos pais. Bolsista do programa para refugiados oferecido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), ele treina nas dependências do Sporting, em Lisboa, mas não compete como atleta da delegação portuguesa e sim como integrante da equipe de refugiados.
Agora, o velocista se prepara para disputar mais uma corrida preliminar, que dá vaga às semifinais dos 100 metros. “O mais importante para mim era avançar para a próxima eliminatória e consegui. Estou aqui para chegar às semifinais e estou confiante que o farei”, afirmou Keletela após a corrida.
O atleta que vencer a prova será o primeiro a conquistar medalha de ouro após o reinado de Usain Bolt, que foi o campeão em Pequim-2008, Londres-2012 e Rio-2016, não apenas nos 100 metros, como também nos 200m, que ainda não começaram a ser disputados nos Jogos de Tóquio. A disputa ficou ainda mais aberta após a suspensão do campeão mundial Christian Coleman, que violou as regras do controle antidoping.
A lista de cotados para ocupar a vaga de sucessor da estrela jamaicana tem nomes como os norte-americanos Trayvon Bromell e Fred Kerley, o canadense Andre De Grasse, o sul-africano Akani Simbine, o jamaicano Yohan Blake e o japonês Ryota Yamagata.
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