O projeto está dividido em duas fases. As obras da primeira, iniciadas neste mês, incluem o pavilhão de eventos, de 100 mil metros quadrados (m²). Serão três andares, sendo 21 salas modulares no térreo; uma área de exposição no segundo andar; e quatro salões para eventos sociais. Haverá também uma área de 6.500 m² na cobertura para eventos gastronômicos. A garagem terá 2.190 vagas, com acesso aos espaços via escada rolante e elevadores.
A segunda fase do projeto, que pode ser composta de duas torres comerciais, dependerá de negociações com possíveis parceiros. “Teremos reuniões nos próximos dias para definir essas questões”, afirma Roberta. Para financiar o empreendimento, a empresa fará a emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), no valor de R$ 150 milhões, destaca Avelino Palma, sócio do projeto e responsável pela formatação do título. Para a segunda fase do projeto, a estrutura deve envolver o mercado de capitais.
Para os executivos, a queda no mercado de eventos por causa da pandemia não desencoraja a empreitada. Isso porque, na avaliação deles, o setor vai retomar o crescimento após a vacinação. “E apostamos que esse retorno virá com força redobrada”, diz Roberta. Segundo ela, o nicho escolhido para explorar, que é o de pequenos eventos, deve ser influenciado positivamente. “Queremos ser multiuso, seja para um evento de casamento, formatura, treinamentos ou workshops. Há demanda nessa área.”
Roberta conta que o terreno, localizado ao lado do Pavilhão de Exposições do Anhembi, ao lado do Hotel Holiday Inn, foi comprado em 1999, mas enfrentou uma série de complicações. Em 2010, houve um pedido de utilidade pública, e a área ficou sob o poder da Prefeitura.
Agora, no governo de João Dória, o terreno foi devolvido, uma vez que o município não tinha verba para tocar nenhum empreendimento na área. Desde então, Roberta vem trabalhando com os órgãos públicos para enquadrar o projeto em todas as exigências necessárias. Recentemente, conseguiu o alvará e pôde iniciar as obras, previstas para serem concluídas em 2023.
Em tempos de práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês), o projeto terá um apelo sustentável. No entorno do empreendimento, serão plantadas mais de 500 árvores nativas da Mata Atlântica. “Será um jardim autossustentável”, diz Roberta, que contratou o botânico Ricardo Cardim para desenvolver essa parte do projeto. Além disso, o projeto prevê um sistema de reúso de águas pluviais e painéis solares para geração de energia elétrica.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Comentários estão fechados.