Equipe do Crea-PR intensifica fiscalizações em lavouras da região Sudoeste

Como acontece a cada ano, neste mês de outubro, a Regional Pato Branco do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) intensificou a fiscalização em culturas temporárias, como plantações de soja e milho, nos municípios do Sudoeste.

A novidade deste ano é a utilização de imagens de satélite como uma ferramenta para a fiscalização das lavouras. Após uma fase piloto na safra de verão 2022-23 em seis municípios da região de Londrina, e testes de eficácia nesta safra de inverno (trigo, aveia e cevada, especialmente), as equipes de fiscalização do Crea-PR em todo o Estado estão usando as imagens para identificar áreas cultivadas que não contam com responsável técnico.

Além das imagens, os fiscais fazem o cruzamento de informações do Sistema de Informações Geográficas (SIG) e outros bancos de dados, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR), Copel, Seab/Adapar (seguro rural e receituário agronômico), para identificar produtores independentes, com propriedades de maior porte, que não contam com responsável técnico das lavouras.

O engenheiro agrônomo Orley Jayr Lopes, de Francisco Beltrão, coordenador da Câmara Especializada de Agronomia (CEA) do Crea-PR, explica que as fiscalizações são intensificadas por ser esta época a que tem a maior concentração de lavouras de grãos.

“A fiscalização visa verificar se os produtores rurais contam com profissionais responsáveis pelas culturas. O engenheiro agrônomo, por exemplo, tem um papel fundamental em todas as fases da safra e, especialmente, para que os alimentos produzidos cheguem com qualidade e quantidade à população”, pontua.

Orley acrescenta que os produtores rurais de todos os portes precisam de suporte técnico. “Os profissionais da Agronomia têm a capacidade e o conhecimento para auxiliar na redução de custos. Na melhoria dos rendimentos e nos aspectos ambientais, especialmente da conservação de solo e da água.”

Sobre a fiscalização

O gerente da Regional Pato Branco do Crea-PR, engenheiro civil Diogo Colella, relata que o objetivo é garantir a assistência técnica adequada para a agricultura comercial. E, consequentemente, contribuir para a produção de alimentos de qualidade, com o correto manejo do solo e dos insumos, conservação e sustentabilidade.

“Os fiscais verificam se o empreendimento rural conta com assistência técnica, quem é o responsável, se está registrado no Crea e se emitiu ART [Anotação de Responsabilidade Técnica]”, detalha Diogo.

Nos casos em que os produtores não contam com responsável técnico, são orientados a buscar profissionais no Estado, iniciativa privada, associações ou cooperativas. A presença dos engenheiros agrônomos ou outros profissionais habilitados, contribui para melhorias no campo. Com a adoção de tecnologias e procedimentos que resultam em benefícios para o produtor e a sociedade.

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