Polícia Civil do Paraná realiza operação contra fraude em licitação de medicamentos

Na manhã desta terça-feira, a Polícia Civil do Paraná (PC-PR), com o apoio do Ministério Público do Paraná (MP-PR) e da Vigilância Sanitária, iniciou uma operação cumprindo 16 mandados de busca e apreensão contra um grupo suspeito de fraudar uma licitação de medicamentos. A empresa em questão é acusada de fornecer 6 mil frascos falsos de Imunoglobulina Humana, medicamento crucial utilizado em tratamentos como leucemia e doenças autoimunes, bem como em pacientes recém-transplantados. O valor da licitação fraudada é estimado em R$ 10,6 milhões.

Detalhes da Operação

Os mandados foram cumpridos em incluindo Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Realeza, Bom Sucesso do Sul e Pinhal de São Bento. As investigações tiveram início após a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) notar irregularidades na distribuição dos medicamentos.

Suspeitas e Irregularidades

Segundo o secretário da Sesa, Beto Preto, houve suspeita de irregularidade na distribuição de medicamentos falsos por parte do fornecedor. “A Secretaria de Estado da Saúde suspeitou da possível irregularidade na entrega de medicamentos falsos pelo fornecedor. Acionamos de imediato a Polícia Civil, através de uma notícia-crime, que prontamente iniciou a apuração, em conjunto com a Vigilância Sanitária. Pela Sesa, determinamos o recolhimento da totalidade dos lotes nas Regionais de Saúde”, disse Beto Preto.

A delegada da PC-PR, Aline Manzatto, revelou que os medicamentos fornecidos pela empresa eram falsos e não tinham registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, a empresa estrangeira citada no rótulo dos produtos não está autorizada a produzir, distribuir ou importar medicações.

“A empresa entregou medicamentos falsos identificados como Gamimune N 5%, sem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, requisito que era obrigatório, conforme constava em edital”, afirma a delegada Aline Manzatto, que está à frente do caso.

As investigações ainda estão em andamento e até o momento não foram divulgadas informações sobre detenções relacionadas ao caso.

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