Em depoimento na CPI, Regina Célia relatou que foi designada como fiscal do contrato no dia 22 de março, dois dias após uma reunião no Palácio da Alvorada em que o presidente Jair Bolsonaro foi alertado sobre um suposto esquema de corrupção envolvendo a Covaxin, de acordo com o deputado Luis Miranda (DEM-MF).
Além disso, a servidora relatou que, antes de ser designada para fiscalizar a compra, o contrato com a Covaxin ficou um mês sem um fiscal nomeado. O Ministério da Saúde assinou o contrato no dia 25 de fevereiro, antes, por exemplo, de fechar a compra de doses com a Pfizer, apesar de ter recebido ofertas ao longo do ano passado.
“Não, senhor. Eu não acho, eu tenho certeza que não favoreci”, disse a servidora ao ser questionada pelo relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), se teria favorecido a Precisa Medicamentos, que intermediou a negociação entre o Ministério da Saúde e o laboratório indiano Bharat Biotech. Ela evitou responder sobre as diferenças dessa negociação em relação a outras empresas. “Eu desconheço as questões pré-contratuais, eu só figuro no contrato a partir do momento que sou indicada.”
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