O governo do presidente Joe Biden enfrentou pressão para boicotar o evento por meses, mas os pedidos se intensificaram depois que a estrela do tênis chinesa Peng Shuai desapareceu da vista do público em novembro, após fazer uma alegação pública de agressão sexual contra um oficial chinês aposentado. Grupos de direitos humanos e alguns governos citaram a preocupação com a detenção em massa de uigures na região de Xinjiang e os esforços para reprimir críticas em Hong Kong.
Na quarta-feira, Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Reino Unido e Lituânia disseram que se absteriam de enviar representantes diplomáticos ao evento esportivo. Um porta-voz do ministro das Relações Exteriores da China no início desta semana chamou o boicote dos EUA de uma “provocação política nua e crua” e uma ofensa a 1,4 bilhão de chineses.
O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, disse na quarta-feira que a decisão de não enviar funcionários do governo aos Jogos de Inverno era “a coisa certa a fazer”, citando a discórdia entre os dois países e a campanha da China de assimilação forçada em Xinjiang. Já relação do Canadá com a China tem sido difícil desde a detenção de dois cidadãos canadenses, Michael Kovrig e Michael Spavor, que viviam na China em dezembro de 2018.
Os boicotes diplomáticos têm como objetivo enviar uma mensagem de desaprovação ao permitir que os atletas participem dos Jogos Olímpicos. Ativistas vinham pedindo o cancelamento do evento há mais de um ano, visando o Comitê Olímpico Internacional (COI), patrocinadores e governos ocidentais. Fonte: Dow Jones Newswires.
Comentários estão fechados.