O senador fez a afirmação após Wajngarten negar que autorizou a veiculação da campanha “O Brasil Não Pode Parar”. Renan, então, mostrou as postagens oficiais feita pelo governo.
Em abril deste ano, o governo federal lançou a campanha publicitária chamada “O Brasil não pode parar” para defender a flexibilização do isolamento social. No Instagram, uma publicação feita no perfil do governo federal dizia que “no mundo todo, são raros os casos de vítimas fatais do coronavírus entre jovens e adultos”. A campanha dava a senha para a defesa do fim da quarentena. “A quase totalidade dos óbitos se deu com idosos. Portanto, é preciso proteger estas pessoas e todos os integrantes dos grupos de risco, com todo cuidado, carinho e respeito. Para estes, o isolamento. Para todos os demais, distanciamento, atenção redobrada e muita responsabilidade. Vamos, com cuidado e consciência, voltar à normalidade.”
Após repercussão negativa e até ações judiciais, o governo apagou as publicações.
Veja
‘É melhor mentir à Veja do que à CPI. Aqui dá cadeia’, diz senador
O ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten voltou a dar declarações contraditórias em seu depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira. Aos senadores, o empresário afirmou que o presidente Jair Bolsonaro não sabia de sua iniciativa de mobilizar diversos setores do País para a compra das vacinas da Pfizer. Em entrevista à revista Veja, no entanto, ele afirmou que o mandatário havia te dado aval para negociar os imunizantes. Diante da situação, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) afirmou ao ex-chefe da Secom que é “melhor mentir à Veja do que à CPI”. “Aqui dá cadeia”, disse Vieira.
Essa não foi a primeira fala contraditória de Wajngarten. Se em entrevista à revista Veja, em abril deste ano, ele disse que houve “incompetência” e “ineficiência” do Ministério da Saúde no atraso das vacinas, nesta quarta ele evitou dar declarações sobre o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
“O senhor só está aqui por causa da entrevista à revista Veja, se não, a gente nem lembrava que o senhor existia”, disse o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI. O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da comissão, disse que vai pedir a prisão do depoente caso fique comprovado que ele mentiu.
“O que eu quis dizer na entrevista é justamente sobre as três cláusulas que eram impeditivas. Eu desconheço quem tenha orientado. O fato é que a gente buscava sempre acelerar a celebração do contrato da Pfizer para que a melhor vacina chegasse aos brasileiros. Infelizmente havia uma lacuna legal”, disse o ex-chefe da Secom.
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