Requião formaliza filiação ao PT, em Curitiba, com presença de Lula

Agências

O ex-governador e ex-senador do Paraná, Roberto Requião, de 81 anos, se filiou ao Partido dos Trabalhadores (PT) na sexta-feira (18), em evento realizado em Curitiba. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava no ato, que teve a participação de comitiva de líderes partidários e apoiadores.

Segundo o diretório nacional do PT, esta foi a primeira vez que Lula foi a Curitiba desde que deixou a prisão da Superintendência Polícia Federal na capital paranaense, em novembro de 2019.

No evento, Requião afirmou, mais uma vez, que é pré-candidato ao governo do Paraná. Disse, também, que para a entrada no partido, aceitou um convite direto de Lula e Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT e deputada federal. Em 2021, Requião deixou o MDB após 40 anos.

A cerimônia de filiação de Requião na nova legenda reuniu mais de 2 mil pessoas dentro do Expo Unimed. No lado de fora, havia manifestantes favoráveis e contrários ao ex-presidente.

Requião se filiou ao PT para concorrer ao governo do Estado nas eleições deste ano, depois de ter deixado o MDB após mais de 40 anos. Ele destacou que, se lá trás se filiou ao MDB com o objetivo de lutar pela democracia, chega ao PT com foco na libertação do país. “Libertação de um governo que aniquila vorazmente a soberania nacional e suprime os direitos dos trabalhadores. Espero que mais brasileiros tomem a mesma posição, a mesma direção”, disse, ressaltando que o Brasil vive dias sombrios e ameaçadores.

Lula

Lula é pré-candidato a presidente pelo PT, e foi a primeira vez que esteve em Curitiba desde 8 de novembro de 2019, quando foi solto, após ficar 580 dias preso. A Justiça arquivou todas as 24 acusações contra o ex-presidente.

No evento, Lula fez críticas ao atual presidente, Jair Bolsonaro. “A minha missão aqui é mostrar que o país pode ser grande. No nosso governo, o Brasil não era um país pária, como é hoje, governado por um psicopata, que não sabe governar e cuidar desse país. Um homem que não sabe falar a palavra ‘paz’, só sabe falar em ódio. Um homem que não sabe falar em amor, cultura, só sabe falar em armas”, disse ele.

“Já provamos que este país não pode se subordinar a ninguém. Na crise de 2008, o barril do petróleo custava 147 dólares e a gasolina no meu governo era apenas R$ 2,60. A gente tinha a BR, mas a BR não prestava, era preciso destruir a BR, ter concorrência porque só o livre mercado vai resolver o problema. Vamos então partilhar a BR e vamos trazer empresa estrangeira pra cá. Hoje, tem 392 empresas importando gasolina a preço de dólar, quando nós produzimos gasolina a preço de real. Sabe pra quê? Porque é preciso pagar dividendos pros acionistas americanos e alguns brasileiros”, criticou Lula.

O ex-governador Roberto Requião disse, ainda, que acredita em Lula porque sabe que o ex-presidente sabe fazer. “Nenhum outro dos que se apresentam nessa corrida presidencial tem experiência, capacidade de realizar e o apetite e a vontade ou, como ele mesmo diz, o tesão de fazer como ele. Nenhum outro tem essa identidade carnal, orgânica com as dores e alegrias do povo brasileiro”, disse o novo petista.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, ressaltou a relação profissional e de amizade com Requião e disse que o desafio que virá pela frente é grande. “Mais do que representar um partido como candidato a governador e o Lula como presidente, temos que fazer grande movimento em defesa da democracia, da soberania e dos direitos do povo. É esse movimento que vai ser capaz de vencer as eleições”, frisou.

você pode gostar também
Deixe uma resposta