A ida do general Eduardo Pazuello a um evento político-partidário pode ser comparada ao episódio com o general Hamilton Mourão no governo Temer?
O caso do Mourão se deu numa palestra, sem nenhum caráter político-partidário. Ele era da Secretaria de Economia e Finanças, e o general Villas Bôas o colocou à disposição. Foi um caso diferente.
O sr. acha que o comando deve tomar uma providência agora?
Não existe outro caminho, embora a responsabilidade maior seja do presidente da República, que é o comandante supremo das Forças Armadas. Pazuello feriu o Regulamento Disciplinar do Exército e um dos fundamentos de qualquer força armada, que é a disciplina. Não se pode admitir que as Forças Armadas, em sendo instituição de Estado, como se encontra no artigo 142 da Constituição, tenham atitudes políticas ou de governo. Diante disso é cabível uma sanção.
Qual o caminho? A abertura de apuração disciplinar?
Sim, é isso. Isso compete privativamente ao comandante do Exército, podendo ele ouvir ou não o Alto Comando.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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