Na passagem de abril para maio, o volume de serviços prestados no País cresceu 1,2%. O resultado fez o setor acumular um ganho de 2,5% nos últimos dois meses seguidos de crescimento, mas recuperou apenas parte do recuo de 3,4% registrado em março.
“A flexibilização e a vacinação reduzem perdas desses segmentos de caráter presencial”, apontou Lobo, mencionando serviços prestados às famílias e de transporte de passageiros. No entanto, o gerente lembra que, em mais longo prazo, os segmentos que vêm sustentando um desempenho melhor dos serviços são os que não dependem tanto da prestação presencial, como os serviços de informação e comunicação, serviços financeiros e transporte aquaviário, enumerou.
O setor de serviços chegou a maio operando em patamar 0,2% superior ao de fevereiro de 2020, no pré-pandemia. Os serviços de informação e comunicação estão 6,4% acima do pré-covid, e o segmento de outros serviços está 3,3% além.
Já os serviços profissionais e administrativos estão 2,7% abaixo do patamar de fevereiro de 2020. Os transportes estão 4,7% acima do nível pré-pandemia, mas os serviços prestados às famílias ainda estavam 29,1% abaixo.
“Na medida em que a vacinação avança, a gente percebe maiores flexibilizações de medidas restritivas, maior confiança dos consumidores e famílias de consumir serviços como restaurantes, hotéis. A gente percebe avanço na receita desses serviços prestados às famílias”, apontou Lobo.
Os serviços prestados às famílias ainda precisam crescer 41,1% para retornar ao nível pré-covid.
“Quando estivermos num momento já que não haja qualquer tipo de restrição ao funcionamento de estabelecimentos considerados não essenciais, aí a gente vai voltar àquela restrição de renda e do mercado de trabalho. Em algum momento, isso vai servir como um impeditivo ao crescimento dos serviços prestados às famílias. Por enquanto a base ainda é muito deprimida, então ainda há espaço para crescer sem que essa restrição de emprego e renda funcione como limitador”, previu Lobo.
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