Reunião com técnicos do setor avícola debate ações de prevenção à Influenza Aviária

Mesmo nunca tendo registrado casos da doença e mantendo o status sanitário livre da enfermidade em seu território, o Brasil está preocupado com os casos de Influenza Aviária que estão sendo registrados na América do Sul. Desde o ano passado, ações conjuntas estão sendo realizadas com objetivo de proteger a produção aviária e os animais silvestres do vírus. Ainda em dezembro, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) considerando o potencial de produção aviária do estado, emitiu nota técnica para esclarecer casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). Foram mais de 20 focos registrados na Colômbia, Venezuela, Equador, Peru, Argentina e Chile.

A doença é altamente contagiosa e afeta aves domésticas e silvestres. A transmissão do vírus é horizontal, ou seja, de ave para ave, diretamente a partir de secreções do sistema respiratório e digestivo, e indiretamente por equipamentos, roupas, calçados, insetos, aves e animais silvestres, alimentos e água contaminados.

A nota técnica ainda reforça algumas práticas preventivas aos produtores, como não receber nas propriedades pessoas não vinculadas ao sistema produtivo, com atenção redobrada para pessoas provenientes do Exterior, sejam brasileiros ou estrangeiros. Sempre lavar as mãos e trocar roupas e sapatos antes de acessar as granjas. Além de evitar o contato dos animais das granjas com outras aves, especialmente aves silvestres.

Reunião objetivou tratar do papel dos diversos segmentos sociais na prevenção da Influenza Aviária (Divulgação)

Reunião 

Com o objetivo de unir os diversos segmentos sociais na prevenção da doença, na última sexta-feira (24), a Adapar Pato Branco realizou uma reunião com os técnicos focada nas notificações ao serviço oficial, dos casos de mortalidade e de sintomas característicos da influenza aviária. Segunda a médica veterinária da Adapar Pato Branco, Natali Moraes Leiro, o status de vigilância atual significa que os serviços oficiais, nesse caso a Adapar, e os representantes do segmento agropecuário devem estar atentos, tanto nas notificações, como no atendimento rápido.

Para a chefe da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab) Regional Pato Branco, Leonira Viganó Tesser, o momento é de unidade por parte das instituições envolvidas. “Nós acreditamos no trabalho sério por parte das instituições do governo, por parte das integradoras, por parte das agropecuárias que atendem o produtor que vai lá comprar medicamento e de repente possuí aves morrendo na propriedade, também especificamente por parte dos médicos veterinários independentes, autônomos ou ligados a empresas”.

Leonira frisou ainda que a situação não é de desespero para o consumidor de carne, e nem para preocupações com relação à transmissão humana, que não acontece. A preocupação do momento, é com relação aos impactos econômicos, caso a doença ocorra em território nacional. “Preocupa porque a doença está muito próxima do Brasil, e no Rio Grande do Sul temos um local onde as aves migratórias se alimentam, é e essa vinda das aves migratórias silvestres que podem trazer a doença. Então, por isso que nós estamos em alerta, estamos orientando, conversando com todos os produtores rurais”.

De acordo com a chefe da Regional da Seab, o principal sintoma que os produtores devem atentar, é a alta taxa de mortalidade de seus animais. “Por exemplo, o podutor tinha grande número de aves ou de frangos, e morreram todos. Um caso como esse, deve ser imediatamente comunicado à Adapar, para que eles vão até o local, façam coleta de material, façam os exames, façam toda a verificação. O objetivo é alertar, orientar para que se observe quando há mortalidade de animais. Evidente que a influenza aviária tem outros sintomas, mas o que chama mais atenção, é a mortalidade alta das aves”.

As notificações podem ser realizadas na unidade local da Adapar em Pato Branco, na rua Silveira Martins, 456, bairro Brasília ou diretamente por meio da plataforma e-Sisbravet.

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