Na quinta-feira (11), ocorreu no Ministério da Educação a primeira reunião da Mesa Setorial Permanente de Negociação, com a participação de representantes sindicais dos docentes das Universidades Federais, dos técnicos administrativos do ensino superior e dos servidores federais da educação básica. Este encontro marcou o início das negociações conjuntas entre o governo federal e os trabalhadores do ensino federal, em meio à iminente greve prevista para segunda-feira (15).
Segundo comunicado da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (Sindutf-PR), a equipe econômica demonstrou indiferença à pressão e manteve o reajuste zero para 2024. O governo propôs soluções que incluíam o aumento de benefícios, como o Auxílio-alimentação, que passaria de R$ 658 para R$ 1000; a Assistência Pré-escolar, de R$ 321 para R$ 484,90; e o valor per capita da Saúde Suplementar, reajustado em 51%. No entanto, os sindicalistas consideraram essas medidas insuficientes.
O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) compartilhou da mesma opinião, afirmando que a reunião foi meramente protocolar e que o MEC não apresentou propostas que atendessem às reivindicações. Mesmo assim, segundo o sindicato, a reunião serviu para reafirmar as pautas e reivindicações da categoria.
O diretor-geral da UTFPR, Campus Pato Branco, Gilson Ditzel, confirmou que, diante dessas condições, a greve dos docentes na UTFPR deve ser deflagrada a partir de segunda-feira (15).
As paralisações continuarão até que uma oferta concreta seja apresentada. Desde o início de março, os técnicos das instituições de ensino federais estão em greve, e os docentes do ensino superior concordaram em iniciar uma paralisação a partir da próxima segunda-feira (15).
A proposta inicial do governo, que incluía aumentos nos benefícios e um acréscimo de 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026, não foi aceita pela categoria.
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, anunciou que o governo planeja apresentar uma nova proposta de aumento salarial para os servidores federais da área educacional dentro de duas semanas. Ela sugeriu a possibilidade de propor percentuais maiores que os 9%, distribuídos ao longo de 2025 e 2026, como inicialmente sugerido. No entanto, enfatizou que não há previsão de aumento no orçamento da União para o ano de 2024. “Estamos atualmente discutindo qual é o espaço orçamentário disponível para que possamos fazer uma proposta”, afirmou Dweck.
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