Os primeiros cinco dias do revezamento não serão nas ruas. Eles serão marcados por eventos de acendimento das chamas em 43 prefeituras do Japão, que durarão até segunda-feira. As celebrações serão realizadas em cada uma das prefeituras anfitriãs de Shizuoka, Chiba, Saitama e Tóquio nos quatro dias seguintes, antes que as chamas de todas as 47 prefeituras sejam reunidas para criar uma única Chama Paralímpica no dia 20.
Este encontro será realizado no Palácio Akasaka e nos quatro dias seguintes o revezamento percorrerá todos os 62 distritos da capital japonesa. No último dia, a chama viajará por Chuo City, Minato City e Hibuya antes de chegar ao estádio Olímpico para a cerimônia de abertura.
A tocha paralímpica é inspirada na sakura, a flor de cerejeira tradicional do Japão. Ela pesa 1,2 kg e é feita com aproximadamente 30% de alumínio reciclado usado na construção de habitações pré-fabricadas após o Grande Terremoto e o Tsunami do Leste do Japão em 2011.
O trajeto do revezamento da tocha paralímpica foi reduzido devido às restrições impostas pela pandemia da covid-19 no Japão. Não estão previstos percursos em vias públicas em uma medida que também estava em vigor para o revezamento da tocha olímpica em Tóquio, em julho.
O calendário também apresenta datas marcantes, como a abertura da Vila Paralímpica na próxima terça-feira. O revezamento da tocha paralímpica acontece desde os Jogos de Seul-1988, na Coreia do Sul.
De acordo com a emissora de televisão japonesa NTV, os Jogos Paralímpicos serão realizados sem espectadores em Tóquio e nos subúrbios, com algumas exceções nas competições organizadas nos departamentos periféricos. A decisão sobre esse assunto será tomada na segunda-feira, em uma reunião com todas as partes envolvidas na organização do evento. Na Olimpíada, praticamente não houve público em nenhuma competição.
Desde o início da pandemia, o Japão registrou menos casos de covid-19 do que a maior parte do mundo e cerca de 15.300 mortes. Com a rápida propagação da variante Delta, porém, o país vive atualmente a sua onda mais virulenta desde o início da crise sanitária. Um novo recorde nacional de 15.800 casos foi registrado na quarta-feira.
Tóquio e cinco outros departamentos japoneses estão sob estado de emergência. As autoridades pedem à população das zonas afetadas que evitem deslocamentos não essenciais e pedem a bares e restaurantes que fechem mais cedo e não sirvam bebidas alcoólicas. Recentemente, este dispositivo foi estendido até o próximo dia 31, mas o governo contempla uma nova prorrogação.
Comentários estão fechados.