“Óbvios indícios de sua participação nessa rede criminosa que tentava vender vacinas através de atravessadores, comprometendo muitas vezes setores de sua própria família, e fazendo com que País perdesse oportunidade de comprar vacina na hora certa”, disse Calheiros ao chegar ao Senado para mais uma sessão da CPI.
O senador afirmou que a comissão recolheu indícios envolvendo não apenas o caso Covaxin. Segundo ele, a CPI teria notícia de que “outras pessoas” negociaram imunizantes com Barros e foram encaminhados por ele ao ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias – outro que está na mira da comissão.
“É pelo conjunto da obra, pelos indícios, envolvimento, pela comprovação da participação dele em muitos momentos. Ele, a partir de hoje, é mais um investigado formal. (O envolvimento dele foi) No enfrentamento da pandemia, no caso Covaxin, e em outros casos. A CPI tem notícia de outras pessoas que negociaram vacinas com Ricardo e foram mandados para o Roberto Dias”, disse Calheiros, que citou ainda a Belcher Farmacêutica – que tem ligação com o deputado federal, que já foi ministro da Saúde.
Relatório
O senador também afirmou que vai trabalhar para entregar seu relatório final na segunda quinzena de setembro. “Não sei se conseguiremos, mas vou, efetivamente, vou me dedicar a isso”, disse o relator, lembrando que a CPI ainda precisa ouvir mais 12 pessoas, além obter mais informações a partir de requerimentos e quebras de sigilo.
Comentários estão fechados.