O Plano de Desenvolvimento Sustentável e Ação Climática, que norteará as metas ambientais da administração municipal, prevê, entre outros pontos, que até 2030 a taxa de cobertura da rede coletora de esgoto com tratamento chegue a 90% do município; o déficit e a inadequação habitacional no Rio caiam pela metade do que existe atualmente; a emissão de gases de efeito estufa tenha redução de 20%, em relação a 2017; o consumo de eletricidade na iluminação pública tenha redução de 50% em relação a hoje; nenhuma pessoa esteja morando em áreas de alto risco de inundações; e que exista coleta seletiva em 100% dos bairros.
Até 2050, as metas são neutralizar as emissões de gases do efeito estufa e eletrificar 100% da frota de ônibus municipal.
“Essas metas são possíveis de serem cumpridas, a nossa responsabilidade só aumenta porque a questão ambiental é muito séria e grave”, disse o prefeito Eduardo Paes (PSD), que lançou o plano durante evento no Museu do Amanhã, na praça Mauá (região central), acompanhado pelos secretários municipais do Meio Ambiente, Eduardo Cavaliere, e de Governo e Integridade Pública, Marcelo Calero.
“Podemos olhar para esse pacote climático como uma bússola para um Rio mais resiliente e próspero, capaz de enfrentar o desafio diante das emergências climáticas e dos eventos extremos”, afirmou Cavaliere.
O plano vai ser coordenado pela Secretaria de Fazenda e Planejamento, por meio do subsecretário de Planejamento e Acompanhamento de Resultados, Jean Carris, e contará com o apoio de outros órgãos municipais, como a secretaria de Meio Ambiente, e de entidades como a Organização das Nações Unidas (ONU).
Paes também lançou o Fórum de Governança Climática, organização que inclui a sociedade civil nas decisões sobre clima da cidade. E, para celebrar os 30 anos da realização da Conferência Rio 92, a cidade receberá no primeiro semestre de 2022 a Rio+30 Cidades. O evento discutirá o papel das cidades no enfrentamento das mudanças climáticas. Em 2012, a cidade também foi palco da Rio+20.
“As reuniões preparatórias para o evento começam desde logo. A pauta climática no Brasil precisa ocorrer sob a ótica dos municípios, com ampla participação da sociedade civil. Vamos propor uma declaração das cidades para a promoção do desenvolvimento sustentável, chamada de Declaração do Rio, que vamos lançar durante a conferência”, anunciou o secretário Calero.
Comentários estão fechados.