Aos 81 anos, o ex-governador Roberto Requião de Mello e Silva está colocando novamente seu nome para o processo eleitoral que visa o Palácio Iguaçu, sede do governo paranaense. Diferentemente dos pleitos anteriores agora ele milita pelo PT.
Pela nova legenda, ele voltou a cumprir agenda no Sudoeste na quinta e sexta-feira (28 e 29), respectivamente, com destaque para reuniões em Dois Vizinhos, Francisco Beltrão e Pato Branco, onde se reuniu com lideranças partidárias e de movimentos sociais.
Em entrevista ao Diário do Sudoeste, na manhã de sexta-feira, Requião declarou ser pré-candidato de um Federação política (PV, PCdoB e PT) e de um movimento, “inclusive estamos tentando ampliar esse movimento com coligações com outros partidos. Isso vale pra mim, vale pro Lula”, disse completando, “estamos em um movimento para concertar o que foi destruído no Paraná e no Brasil.”
Com relação a sua estada na região, o pré-candidato defendeu que “o Sudoeste quer a volta das políticas agrícolas, das pequenas empresas”, elencando programas que foram desempenhados quando ele foi governador do Paraná ao longo de três mandatos.
“Sonho em transformar o Paraná em um exemplo para o Brasil e para o mundo, de agricultura diversificada. O Estado tem que ser parceiro dos produtores na diversificação da agricultura, apoiando com engenheiros agrônomos, médicos veterinários, sementes, mecanização (…), porque nós somos hoje no Paraná, grandes produtores de grãos do Brasil, que é o maior produtor do mundo, mas nós estamos importando arroz e feijão da China”, sentenciou Requião completando, “não temos soja para fazer óleo de soja, porque estamos plantando dólar. E bom isso? É, nos dá divisas para negociarmos com o mundo, mas não está cuidando da segurança alimentar do povo.”
Deixando de lado o campo da agricultura, mas com olhar ao desenvolvimento econômico, o pré-candidato ponderou que “o Paraná e o Brasil, estão se reduzindo no número de criação de empresas”, e recordou números por ele atribuídos a época de seus governos. “Na época que eu fui governador, criávamos 32 mil empresas por mês, hoje, isso caiu a números ridículos. Precisamos retomar o crescimento do Estado, a criação de empresas e o governo tem que ser parceiro do povo Paraná, e não parceiro dos grandes negócios.”
Com relação ao atual chefe do Executivo paranaense, Requião declarou, “eu ínsito, não sou candidato contra o Ratinho [Junior]. O Ratinho não é governador do Estado. Eu quero preencher o vazio no estado do Paraná.”
Já no âmbito do momento político que o Brasil vive, o ex-senador disparou “há uma falta da articulação partidária, de posição clara a respeito do Brasil e todos eles [entes políticos de centro-direita] estão nesta proposta do liberalismo econômico.”