Recepcionado pelo técnico Rogério Ceni e pelos jogadores Gabriel Barbosa e Gerson na sala de musculação, Robson, que vestiu uma camiseta do time, afirmou à FlaTV que foi um “momento muito especial”. Em depoimento assim que saiu do aeroporto do Galeão, na noite de quarta-feira, o ex-motorista chegou a dizer que só tinha ouvido falar sobre quem era Jorge Jesus, mas sequer conhecia o português.
Robson ficou preso por mais de dois anos após tentar ingressar no país com caixas de Mytedon (cloridrato de metadona), medicamento legalizado em território brasileiro, mas proibido na Rússia. Os remédios seriam para o sogro do jogador, William Pereira de Faria.
Para conseguir a libertação, o pedido de perdão teve de contar com a diplomacia entre os dois países e passar por aprovação de uma comissão regional, do prefeito de Moscou e, por fim, do presidente russo, Valdimir Putin.
Funcionário de Fernando, Robson foi detido em março de 2019. Ele embarcou, junto com a esposa Simone, para Rússia para seguir prestando seus serviços para o jogador, que à época atuava no Spartak Moscou. Com eles havia uma mala, cujo conteúdo era desconhecido por Robson.
A justiça local o condenou à pena mínima de três anos de prisão por contrabando e tentativa de tráfico de drogas. Assim, o pedido de perdão passou a ser mais viável. A defesa de Robson previa pedir, anteriormente, que a prisão pudesse ser cumprida no Brasil.
Pouco tempo após a prisão do funcionário, os sogros de Fernando deixaram a Rússia. O meia, por sua vez, negociou sua transferência para o futebol chinês no meio de 2019. Atualmente, o jogador atua pelo Beijing Guoan.
A princípio, a família de Fernando não amparou o ex-funcionário em sua defesa junto à justiça russa. Posteriormente, ficou acordado que o ex-patrão ficaria responsável pelo pagamento dos honorários advocatícios.
Diante das últimas decisões, havia a expectativa de que brevemente Robson fosse libertado. O caso ganhou repercussão no meio esportivo, com o pedido de outros atletas, como Richarlison e Felipe Melo, para que a situação fosse resolvida. Desde então, houve mobilização da diplomacia brasileira e, finalmente, Robson pôde retornar ao Brasil após mais de dois anos detido.
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