Evento, promovido pela Coperarte, foi sucesso de público
“Foi excelente, superou as expectativas”, comentou Marcos Riquetti, da Chumbo Dirigível, uma das quatro bandas beltronenses que se apresentaram no Rock The Concert – Tributo ao Rock Beltronense, na noite de sábado (23), no Teatro da Unisep, numa realização da Cooperativa de Arte (Coperarte). “Tivemos um ótimo público no teatro e a junção das bandas com a Orquestra Filarmônica de Valinhos resultou numa sonoridade incrível. O público saiu satisfeito e todos os envolvidos estão muito felizes com o resultado.”
Marcos afirma que “foi nossa primeira experiência ao lado de uma orquestra, e, à medida que os ensaios evoluíam, a ansiedade foi logo dando espaço para a segurança. Não tivemos incidente algum no palco, correu tudo perfeitamente bem e, quanto ao resultado, cabe ao público opinar, mas acho que fizemos uma bela apresentação. Uma experiência nova, que nos revigora nesse momento em que estamos completando 30 anos de estrada”.
Rodrigo André Tartari, da Tiregrito, ressalta, “a gente esperava que tivesse aceitação, que o público iria, mas acreditamos que passou de 800 pessoas, então é praticamente lotação. Foi muito satisfatório, porque foram três anos de programação, desde antes da pandemia. Não foi fácil fazer acontecer, mas quando a gente viu o teatro lotado, o pessoal cantando junto, todas as bandas foram muito boas. A experiência foi muito positiva. Esperamos que logo saia a próxima edição, o pessoal já está pedindo, inclusive.”
Jerci Maccari, diretor-presidente da Orquestra Filarmônica de Valinhos, destaca que a preparação para estar em Francisco Beltrão foi intensa, para fazer um espetáculo grandioso. A orquestra preparou um repertório muito bem ensaiado, com os músicos bem integrados como grupo. “Na sexta-feira fizemos um super concerto no Espaço da Arte. No sábado, a orquestra, com a satisfação de ter feito um bom concerto na véspera, se sentiu tranquila, porque no sábado fizemos o último ensaio com o último integrante das quatro bandas, que foi o Rodrigo Castellani, e à tarde, fizemos a passagem do som.”
Jerci acrescentou ainda que “a grandiosidade do Rock The Concert, o aparato que foi montado, o empenho da equipe de produção, os músicos das bandas, o trabalho de iluminação acompanhando o desenrolar das músicas, foi um espetáculo digno da Broadway. Beltrão é uma cidade privilegiada por ter tantos profissionais gabaritados, que conseguem fazer um concerto deste nível. Um espetáculo assim me parece que só acontece nas grandes capitais.”
Segundo ele, os músicos ainda estão vivenciando e curtindo todo o trabalho que foi feito e o resultado do que aconteceu. “As bandas são muito boas, os instrumentistas são de primeira linha, os intérpretes de cada banda também. Então dizer que foi um sucesso é muito pouco. Foi algo sensacional, merece bis, quero dizer, merece ser reprisado.”
Adaptações
Ubirajara de Freitas, da Bira – Paraná Blues, considera que o Rock The Concert foi um marco na cultura do Sudoeste do Paraná, porque apesar de ter tido a participação de bandas locais já conhecidas pelo público, houve uma harmonização com a música clássica, com a orquestra, que colocou arranjos com alto grau de dificuldade, revelando a capacidade desses músicos locais. “Não são músicos limitados a um estilo musical e sim dedicados à uma cultura musical, independente do estilo. Músicos que poderiam estar em qualquer outra atividade cultural, se destacando também pela sua performance. O maestro Felipe colocou em tempo recorde todos pra se dedicarem a este resultado que nós vimos. Não tivemos muito tempo pra ensaiar, ele chegou com arranjos, alguns nunca tínhamos ouvido e precisamos adaptar às nossas músicas.”
Bira garante que a experiência foi maravilhosa, porque elevou a autoestima, além de ser uma música que cativou o público. “Uma música de altíssimo nível, que poderia ser executada mundo afora; estou falando a nível internacional. Poucas bandas internacionais conseguiram fazer um trabalho como foi feito neste evento.”
