Após o período de dois anos da pandemia da covid-19 e todas as restrições impostas pela mesma, o Rotary Clube International volta a promover intercâmbio de adolescentes e jovens, com o objetivo de ajudá-los a desenvolver habilidade de liderança, ampliar seus conhecimentos, conhecer novas culturas, aprender idiomas distintos, entre outros.
Atualmente três clubes de Rotary de Pato Branco (Amizade, Alvorecer e Sul, com dois intercambista) recebem quatro jovens vindos um jovem do México, uma jovem da Alemanha, uma da França e uma da Polônia. Enquanto isso, quatro pato-branquenses também estão no programa nos Estados Unidos, México, Índia e Alemanha.
De acordo com Ademar Spinello, que recebe um dos intercambistas e integra o Rotary Club de Pato Branco – Amizade, receber os jovens no município significa uma vitória após a pandemia, já que esse é um dos principais programas do Rotary International.
“Hoje o Rotary tem cerca de quatro mil jovens rodando o mundo, o objetivo é que eles aprendam, busquem conhecimento, aprendam a cultura dos países onde estão, aprendam a língua, conheçam pessoas, novas famílias, desenvolvam a liderança e levem para a vida”, comenta.
Spinello destaca que o desenvolvimento da liderança possibilita que os jovens serão bons líderes em seus países futuramente, “vão trabalhar em busca da paz e da harmonia entre os povos”.
Os jovens intercambistas devem permanecer até junho de 2023 em Pato Branco e, como integrantes das famílias que os recebem no município, Spinello aponta que um dos principais interesses dos envolvidos é a segurança.
“Quanto famílias, estamos sempre juntos, eles não podem fazer nada sem a autorização de suas famílias. É por isso que sempre falamos que o intercambio do Rotary é o melhor do mundo, porque é o mais seguro. É onde as famílias mais se envolvem com eles, eles se tornam nossos filhos”, comenta.
Entre as normas obrigatoriamente seguida pelos jovens está: não beber, não usar drogas, não dirigir, não namorar, não se desfigurar (não colocar piercings ou fazer tatuagem).
De acordo com a polonesa Hanna Dominika Róaycka, o Brasil não esteve entre as primeiras escolhas, pois tinha grande interesse em realizar o intercâmbio no Canadá. Quando soube que o Canadá não seria possível, pensou em ir para a Itália, pois conhece o idioma. A escolha da jovem pelo Brasil só aconteceu após um conhecido comentar que o filho estava no país, influenciando-a a escolher o país como destino.
A viagem para Hanna foi cansativa, pois foram necessárias 35 horas para vir da Polônia para Curitiba, além de permanecer na capital paranaense por mais dois dias. No entanto, logo em seus primeiros dias ela afirma ter se “sentido acolhida no Brasil”.
A francesa Noélie Jouffroy elogia a comida brasileira e destaca que antes de chegar aqui pensou que não seria do seu agrado. Outro ponto que chamou sua atenção foram os brasileiros, os quais gostou bastante.
O Brasil também não foi a primeira escolha de Noélie, pois não fala português, apenas espanhol e, por isso, gostaria de visitar algum país da América do Sul em que a língua nativa fosse o espanhol. Porém, “desde a primeira semana entendo bem, porque o português é um pouco parecido com o espanhol”.
Entre os intercambistas que chegaram ao Brasil está o mexicano Emiliano Facio. O jovem comentou que é comum em sua família receber intercambistas e que já conviveu com diversos intercambistas, de inúmeros países.
Este contato com vários intercambistas sempre o despertaram o desejo de realizar também. Emiliano pretende aproveitar o próprio intercambio para fazer amizades no Brasil e aprender sobre a cultura do país.
Acostumada com um clima bem diferente do Brasil, a alemã Emma Caprice Noutzki afirma que realizar um intercâmbio era um sonho desde que ouviu os relatos de suas tias A sua percepção de estar vivendo esse objetivo é “que parece estar de férias, esquece que tem uma rotina, uma vida separada da vida na Alemanha”.
Entre seus objetivos no Brasil estão conhecer muitas pessoas, fazer amigos e manter o contato com quem conheceu por aqui durante toda sua vida.