A Corte Arbitral do Esporte (CAS; sigla em inglês) constatou que Lysenko adulterou o processo antidoping e não informou aos órgãos antidoping de seu paradeiro. Dois anos da sanção foram suspensos porque Lysenko acabou admitindo ter tentado enganar a Unidade de Integridade do Atletismo (IAU, na sigla em inglês) e cooperou com as investigações sobre outras personalidades russas. Lysenko conquistou a prata no Campeonato Mundial de 2018 e o ouro Mundial Indoor um ano depois.
Decisões anteriores constataram que “a maioria, senão toda a alta administração” da federação russa, conspirou para encobrir o caso de Lysenko. Cinco oficiais, incluindo o então presidente da federação, foram banidos pela conspiração. Envolveu a criação de documentos de uma clínica falsa para dar a Lysenko uma desculpa médica por não estar disponível para exames e alegar falsamente que um acidente de carro o dispensou de outro caso.
A Rússia já foi suspensa do atletismo internacional por doping, mas o caso Lysenko a levou à beira da expulsão do órgão regulador do atletismo mundial quando as acusações foram apresentadas no final de 2019.
A Rússia continua suspensa depois que o caso Lysenko causou um longo congelamento nas negociações de reintegração. As negociações foram retomadas depois que a Rússia pagou uma multa de US$ 5 milhões (cerca de R$ 2,5 milhões) pelo caso Lysenko e cerca de US$ 1,3 milhão em outros custos.
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