A receita líquida da companhia teve crescimento bem mais modesto: 3,7%, para R$ 4,6 bilhões nos três meses. O resultado final contou, porém, com ganhos de R$ 248 milhões no capítulo financeiro do balanço – que inclui a conta do pagamento de dívida -, o que reverteu as despesas de R$ 675,5 milhões apuradas nesta rubrica um ano antes.
O resultado se deve a ganhos de R$ 442,3 milhões com as variações cambiais sobre empréstimos e financiamentos, dada a valorização do real no período frente ao dólar e ao iene. Além disso, em 2020, a companhia tinha feito a conversão de moeda na dívida com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) – de US$ 494,6 milhões para R$ 2,81 bilhões -, o que reduziu a sua exposição cambial, assim como amortizou antecipadamente R$ 1,91 bilhão em eurobônus.
Em valores ajustados, o resultado operacional medido pelo Ebitda – sigla em inglês do lucro sem os resultados financeiros e gastos com impostos, além de amortização e depreciação – caiu 8,1% no comparativo interanual, para R$ 1,45 bilhão.
Do lado operacional do balanço, a receita da Sabesp com prestação de serviços teve a seu favor o reajuste tarifário médio de 7% desde maio deste ano, além do aumento de 1,6% do volume faturado total. Também entram na conta R$ 62,8 milhões faturados a mais com clientes das categorias de uso residencial social e favela, já que no segundo trimestre do ano passado, com a chegada da pandemia, esses consumidores ficaram isentos da tarifa.
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