A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) embarca em uma nova jornada de inovação e sustentabilidade com a chegada de 60 toneladas de um composto ativador produzido no Japão, destinado a transformar o lodo de esgoto em fertilizante organomineral. Após uma viagem de dois meses desde Mashiko, na província de Tochigi, o material chegou a Curitiba na última terça-feira (12), marcando o início de um projeto-piloto de compostagem na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Belém.
Este projeto de 24 meses é fruto de um acordo de cooperação técnica entre a Sanepar e a Kyowa Kako Co. Ltda., empresa japonesa líder em processos de tratamento de resíduos orgânicos com uma abordagem mais sustentável.
Utilizando uma tecnologia patenteada que permite a decomposição biológica acelerada de resíduos orgânicos através de microrganismos ativadores, a técnica promete higienizar o lodo sem o uso de produtos químicos e reduzir significativamente o tempo de tratamento.
A introdução do composto ativador japonês simboliza uma evolução nas metodologias aplicadas pela Sanepar para o uso sustentável do lodo de esgoto. “Por mais de duas décadas, promovemos o programa Uso Agrícola do Lodo, beneficiando agricultores com um adubo orgânico que aumenta a produtividade.
Agora, avançamos para a secagem térmica do lodo e nos direcionamos para a produção de biofertilizante, fertilizante organomineral. A cooperação com o Japão é um avanço significativo nesse processo”, destacou Claudio Stabile, diretor-presidente da Sanepar.
Yasuhiro Matsuzawa, diretor-geral de Desenvolvimento de Negócios e membro do Conselho Administrativo do grupo japonês, expressou o desejo de que essa parceria se torne uma referência nacional.
“Nossa expectativa é que nossa tecnologia contribua para o Paraná alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente na redução dos gases de efeito estufa, posicionando o tratamento de esgoto como um modelo sustentável para o Brasil e para o mundo”, acrescentou Matsuzawa.
A iniciativa da Sanepar com a tecnologia japonesa não só promete melhorar o tratamento de resíduos de esgoto, mas também contribuir para a preservação ambiental e a sustentabilidade agrícola, alinhando-se aos esforços globais de combate às mudanças climáticas.
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