Marinho não marca desde o clássico com o Palmeiras, dia 10 de julho. Portanto, há quase 80 dias. São 18 jogos no período desde então, mas em mais da metade ele não esteve em campo, por causa de contusões musculares. Recuperou-se, mas, nas oito partidas em que atuou, não repetiu a fase artilheira que o fez ser reverenciado pela torcida.
O atacante teve a chance de quebrar o incômodo jejum na rodada passada, mas escorregou na cobrança de um pênalti no Castelão e acabou mandando a bola para o alto no 0 a 0 com o Ceará. Batedor oficial do clube, foi justamente num tiro livre sua última bola na rede. No Allianz Parque, ele bateu com precisão a penalidade diante do Palmeiras. Contudo, o time perdeu por 3 a 2.
Fábio Carille aposta na semana livre que teve de treinos para resgatar as boas apresentações do jogador. O treinador trabalhou bastante o ataque para comemorar seu primeiro gol desde que assumiu o clube, há três rodadas. Marinho jogará ao lado de Lucas Braga e Léo Baptistão, com Carlos Sánchez voltando, recuperado do lesão no tornozelo, na missão de fazer a bola chegar na frente.
Carille diagnosticou “problemas” no setor de armação e apontou a falta de criatividade como principal motivo para o Santos passar em branco contra Bahia e Ceará (empates por 0 a 0) e diante do Athletico-PR (derrota por 1 a 0). Com Sánchez e laterais liberados para atacar o tempo todo, acredita em “novos tempos” em Caxias.
São nove jogos sem vitórias do Santos e uma perigosa queda para as últimas colocações. No 14º lugar, o time está a somente um ponto da zona de rebaixamento. Tem 24, contra 23 do Juventude, o 17º. “Temos de esquecer os resultados ruins e focar na volta das vitórias”, pede Sánchez.
Aprovado na rodada passada, o esquema com três defensores será mantido. Carille gostou de ver João Paulo bem protegido no Castelão e vai repetir a formação com Velázquez, Danilo Boza e Wagner Leonardo na defesa. Recuperado, Madson disputa vaga com Pará na lateral-direita e pode ser escolhido pelas características ofensivas.
O Juventude, em situação um pouco menos favorável, busca escapar da zona de rebaixamento. Nas últimas quatro partidas em casa pelo Brasileirão, o Juventude somou apenas dois pontos. Foi derrotado para Cuiabá (2 a 1), empatou com o São Paulo (1 a 1), empatou com o Fortaleza (1 a 1) e perdeu para o Atlético-MG (2 a 1). A última vitória em casa aconteceu pela 13.ª rodada: 1 a 0 na Chapecoense, dia 26 de julho, há dois meses. Na competição inteira, o aproveitamento em Caxias do Sul é de 45,45%. São 11 jogos em casa, quatro vitórias, três empates e quatro derrotas.
“Temos que transferir o nosso rendimento em resultados. Não só internamente, mas externamente estamos recebendo comentários de que estamos jogando bem. Infelizmente, por algum detalhe ou outro, não estamos conseguindo a vitória, mas isso são ajustes. O problema seria se a gente não produzisse para vencer”, afirmou o atacante Ricardo Bueno.
O técnico Marquinhos Santos terá os retornos do lateral-esquerdo William Matheus e do atacante Marcos Vinícios após cumprirem suspensão na última rodada. Por outro lado, o zagueiro Rafael Forster, expulso contra o Athletico, fica de fora.
Durante a semana, o time gaúcho rescindiu o contrato do volante Matheus Jesus, além de afastar o lateral Alyson e o atacante Paulinho Boia do elenco com a alegação da falta de comprometimento. Na sexta, anunciou a chegada do lateral-esquerdo Guilherme Santos, do Botafogo, e do atacante Rafael Bilu, do Corinthians.
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