“De soldado a general tem que ser as mesmas normas e valores. O presidente e um militar da ativa mergulharem o Exército na política é irresponsável e perigoso. Desrespeitam a instituição. Um mau exemplo, que não pode ser seguido. Péssimo para o Brasil”, escreveu Santos Cruz.
Acompanhado por Pazuello, pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e mais uma dezena de apoiadores – todos sem máscaras e sobre um carro de som – o presidente Jair Bolsonaro discursou ontem para milhares de apoiadores no Aterro do Flamengo, no Rio.
A presença de Pazuello, uma general de divisão da ativa, em manifestação político-partidária sem que ele exerça cargo no governo que justifique sua ida ao local, causou constrangimento na cúpula do Exército e reações de políticos.
O comando da Força deve tratar do caso nesta segunda-feira. É que a legislação – o Estatuto dos Militares e o Regulamento Disciplinar – proíbem que militares da ativa participem desse tipo de ato ou se manifestem politicamente. Recentemente, a instituição apertou o cerco a oficiais que faziam posts políticos em redes sociais.
Comentários estão fechados.