O resultado em termos de classificação é complicadíssimo. Com 24 pontos, o Santos segue na parte debaixo da tabela de classificação. E pior, completou o oitavo jogo sem vitória levando em conta só as partidas do Campeonato Brasileiro. O Juventude, que iniciou a rodada na região da degola, soma agora 26. Ricardo Bueno, Dawhan e Guilherme Castilho fizeram os gols que decretaram o revés santista.
O jogo, que teve a atmosfera de confronto direto na luta para fugir da zona de rebaixamento, mostrou um Santos mais interessado do que o Juventude em buscar o ataque desde o início do primeiro tempo. A opção pelo esquema de três zagueiros deu consistência ao meio de campo e também mais ofensividade no apoio pelos lados. Utilizando mais o setor esquerdo, Felipe Jonatan foi peça importante na criação de opções. Foi dele a inversão de jogada que terminou com um chute de Marinho na primeira boa chance santista.
Sem balançar a rede desde o dia 10 de julho, em jogo contra o Palmeiras, Marinho foi o atacante mais efetivo do Santos em campo. Além de voltar para buscar jogo, ele tentou as jogadas individuais e fez ainda mais uma finalização com perigo.
Sem conseguir se organizar taticamente e oferecendo muitos espaços para as penetrações do adversário, o Juventude seguiu sendo ameaçado. Léo Baptistão perdeu ótima chance ao antecipar um cruzamento na área e mandou a bola rente à trave do goleiro Douglas.
O domínio do Santos se estendeu até os 30 minutos, quando veio a parada técnica. A partir daí, a equipe paulista diminuiu a intensidade, mas seguiu com o jogo sob controle. No entanto, numa bola parada, quem acabou chegando ao gol foi o time da casa.
Guilherme Castilho cobrou falta da intermediária pelo lado esquerdo e Ricardo Bueno escorou de cabeça para fazer 1 a 0 Juventude. A única finalização do time gaúcho na partida aconteceu já nos acréscimos da etapa inicial.
Na volta do intervalo, o Santos voltou ainda mais ofensivo e com uma marcação no campo do adversário. Para tentar frear o ímpeto do rival, o Juventude apelou para as faltas e, com apenas dez minutos três jogadores do time gaúcho receberam cartão amarelo.
Disposto a tornar o time mais ofensivo, o técnico Fábio Carille também agiu. Abriu mão dos três zagueiros, tirou Danilo Bozza e colocou Diego Tardelli e também lançou Pirani na vaga de Jean Mota. A resposta, no entanto, veio com mais um gol do Juventude. E novamente a bola parada favoreceu o time da casa. Guilherme Castilho cobrou escanteio e Dawhan só desviou na pequena área para fazer 2 a 0, aos 18 minutos.
O Santos não se intimidou e seguiu no ataque. Mas já não tinha organização tática para ameaçar, de fato, o Juventude. Sánchez e Tardelli perderam boas chances de descontar a diferença, mas não teve consistência para manter a pressão. Em mais um contra-ataque, foi o Juventude que mais uma vez balançou a rede. Em uma jogada pela esquerda, Guilherme Castilho recebeu livre na entrada da área e chutou sem chance de defesa para o goleiro João Paulo.
Na próxima rodada, o Santos volta a jogar na Vila Belmiro e recebe o Fluminense. Já o Juventude vai até São Paulo para enfrentar o Palmeiras.
FICHA TÉCNICA
JUVENTUDE 3 x 0 SANTOS
JUVENTUDE – Douglas; Michel Macedo, Quintero, Vítor Mendes (Didi) e William Matheus; Dawhan, Jadson, Guilherme Castilho (Ricardinho) e Wescley (Capixaba); Sorriso (Chico) e Ricardo Bueno (Roberson). Técnico: Marquinhos Santos.
SANTOS – João Paulo; Emiliano Velázquez, Danilo Boza (Diego Tardelli) e Wagner Leonardo; Pará, Camacho, Jean Mota (Pirani), Sánchez (Lucas Braga) e Felipe Jonatan (Moraes) ; Marinho e Léo Baptistão. Técnico: Fabio Carille.
GOLS – Ricardo Bueno, aos 46 minutos do primeiro tempo; Dawhan, aos 18, e Guilherme Castilho, aos 37 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – William Matheus, Vítor Mendes e Sorriso (Juventude).
ÁRBITRO – Jefferson Ferreira de Moraes (GO).
RENDA E PÚBLICO – Jogo com portões fechados.
LOCAL – Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul (RS).
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