Não ter medo de jogar longe de casa é uma das virtudes dos treinadores argentinos, que vira e mexe andam surpreendendo em solo brasileiro. Essa postura será a tônica do São Paulo diante dos rivais não apenas como mandante.
Na campanha passada, o São Paulo acabou eliminado por perder seus três jogos como visitante. LDU e River Plate ainda eram rivais tradicionais, mas se tivesse vencido o frágil Binacional na largada do torneio, estaria nas oitavas. O ano é outro e a postura deve ser diferente. Até então, o desempenho vem agradando e chegou a hora de provar nas partidas internacionais.
O São Paulo vem de quatro vitórias seguidas, duas contra rivais importantes, casos de Palmeiras e Red Bull Bragantino, e a confiança está em alta. Largar bem diante do Sporting Cristal servirá para receber o Rentistas, do Uruguai, daqui uma semana, com mais tranquilidade. A ideia é arrancar bem na Libertadores para não sofrer num calendário tão apertado.
Mesmo com reforços importantes à disposição, casos de Miranda, Benítez e Eder, o técnico Hernán Crespo não deve mexer na equipe, satisfeito com o futebol apresentado no 1 a 0 sobre o Palmeiras, no Allianz Parque. Desta forma, Luciano e Pablo seguiriam formando o ataque.
O esquema com três zagueiros será utilizado ao longo da temporada, com Daniel Alves e Reinaldo ganhando liberdade para atacar pelas laterais. Não por acaso ambos vêm se destacando e a ideia e seguir investindo no que está dando certo.
Crespo sabe bem o caminho das redes diante do Sporting Cristal. Pelo River Plate, na Libertadores de 1996, o ex-atacante anotou um belo gol de bicicleta no palco do jogo desta terça-feira.
Sem perder faz sete meses, com 21 jogos de invencibilidade, o Sporting Cristal aposta no belo momento para surpreender os paulistas. São incríveis 8 vitórias nos últimos 10 jogos e campanha perfeita no campeonato local, ganhando os quatro jogos disputados.
O sucesso do técnico Roberto Mosquera está no rodízio que faz no elenco. Todos são considerados titulares e isso vem deixando o elenco extremamente motivado. Algo para o São Paulo ficar experto são os lançamentos longos, que custaram a queda na sul-americana de 2020, diante do Lanús. Os peruanos adoram a jogada, partindo dos pés de Calcaterra e Távara buscando Hohberg, Riquelme, primo do argentino famoso, e Corozo.
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