Ao contrário do que a Ferroviária fez na sexta-feira, quando esperou o São Paulo em seu campo, o Mirassol se posicionou forte no meio-campo e incomodou o goleiro Volpi desde o início da partida. E ainda fez uma marcação especial no meia Benítez, destaque no duelo das quartas de final e responsável direto pelos quatro gols marcados.
Com isso, o jogo ficou bem disputado nas duas intermediárias, com as defesas superando os ataques. Desta forma, a opção foram os chutes de longa distância. Cada time teve ao menos duas oportunidades, mas a pontaria não foi boa.
Com o tempo, a marcação do Mirassol ficou menos intensa e o São Paulo passou a ficar mais com a bola, quase 70% do tempo. Desta forma, as chances se tornaram mais comuns e mais perigosas a favor dos anfitriões. Daniel Borges chegou a tirar uma bola chutada por Reinaldo em cima da linha. Miranda e Liziero também quase marcaram.
Mas o placar foi aberto só aos 44 minutos, após falha de Muralha. Após escanteio pela esquerda, o goleiro falhou na saída de bola e Arboleda, de ombro, tocou para o fundo do gol.
No segundo tempo, o São Paulo voltou com uma marcação mais forte e pressionou a saída de bola do Mirassol. Pablo, mal nos primeiros 45 minutos, quase se complicou ainda mais. Aos 4 minutos, o centroavante foi lançado, livre, diante de Muralha, chutou mal, mas a bola bateu em Daniel Boza e entrou: 2 a 0, São Paulo.
A partir daí, o time classificado para a final estava decidido, faltava saber a vantagem a ser conquistada. Aos 11 minutos, saiu o terceiro gol são-paulino, após nova cobrança de escanteio, feita por Benítez. Miranda desviou e Gabriel Sara, na linha do gol, tocou para dentro.
Com 3 a 0 no placar, o São Paulo perdeu o interesse no jogo e diminuiu o ritmo por ter tido de entrar em campo menos de 48 horas depois de vencer a Ferroviária e ainda ter de jogar de novo na terça-feira, pela Ciopa Libertadores, frente ao Racing, quando estará em jogo o primeiro lugar do grupo.
Já o Mirassol, desanimado, não teve forças para buscar uma reação ou até mesmo buscar pelo menos um gol. Chegou até a ter mais espaço e oportunidade de finalizar, mas faltou capricho para exigir defesas de Volpi.
Em ritmo de treino, com a marcação do Mirassol frouxa, o São Paulo chegou ao quarto gol em jogada iniciada por Benítez, que lançou Igor Vinícius na direita. O cruzamento foi para Luciano, que bateu e teve a ajuda de Muralha, em nova falha.
O São Paulo garantiu a chance de quebrar um jejum de 16 anos sem o título estadual e vai enfrentar o Palmeiras, com quem já disputou oito vezes o título. Ganhou três vezes e foi superado em cinco oportunidades. A última decisão entre os dois times foi em 1992 e a taça ficou no Morumbi.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 4 X 0 MIRASSOL
SÃO PAULO – Tiago Volpi; Arboleda; Miranda e Léo; Igor Vinícius, Luan (William), Liziero (Rodrigo Nestor), Gabriel Sara (Igor Gomes), Benítez (Joao Rojas) e Reinaldo; Pablo (Luciano). Técnico: Hernán Crespo.
MIRASSOL – Alex Muralha; Daniel Borges, Reniê, Danilo Boza e Ernandes; Sousa (Daniel), Neto Moura, Cássio Gabriel (Raphael Macena) e Pedro Lucas (Eduardo); Diego Gonçalves e Fabrício (Lucas Silva). Técnico: Eduardo Baptista.
GOL – Arboleda aos 44 minutos do primeiro tempo. Pablo aos 4 do segundo tempo, Gabriel Sara aos 11 e Luciano aos 29 do segundo tempo.
ÁRBITRO – Luiz Flavio de Oliveira.
CARTÕES AMARELOS – Neto Moura, Daniel.
LOCAL – Morumbi, em São Paulo.
Comentários estão fechados.