São Paulo registra mortes por intoxicação por metanol

O Centro de Vigilância Sanitária (CVS) do Estado de São Paulo confirmou neste sábado (27) a ocorrência de duas mortes por intoxicação por metanol desde junho: uma em São Bernardo do Campo e outra na capital paulista.

No mesmo período, foram seis casos confirmados de intoxicação pela substância no estado. Atualmente, outros dez casos estão sob investigação na capital, com suspeita de ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas.

Orientações à população e estabelecimentos

Em nota, o CVS reforçou que bares, empresas e demais estabelecimentos devem redobrar a atenção com a procedência dos produtos comercializados. A recomendação é que a população adquira apenas bebidas de fabricantes legalizados, com rótulo, lacre de segurança e selo fiscal, evitando produtos de origem duvidosa que podem colocar a vida em risco.

O que é o metanol

O metanol é uma substância líquida, incolor e inflamável, utilizada como solvente industrial e na fabricação de combustíveis, plásticos, tintas e medicamentos. Apesar de seu uso em processos industriais, não pode ser destinado ao consumo humano.

A ingestão, mesmo em pequenas doses, pode provocar intoxicação grave e levar à morte.

Alerta nacional

Na sexta-feira (26), a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, divulgou um alerta após os casos recentes registrados em São Paulo.

Segundo a Senad, foram nove notificações enviadas ao sistema federal pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) de Campinas (SP), unidade de referência no estado.

O órgão destacou que, em anos anteriores, os casos de intoxicação por metanol estavam relacionados à ingestão deliberada de combustíveis, geralmente em situações de vulnerabilidade social. Porém, os registros atuais envolvem consumo social de bebidas alcoólicas adulteradas — como gin, whisky e vodka — em bares e ambientes de lazer, situação considerada inédita pelo centro toxicológico.

Risco de surtos epidêmicos

A Senad classificou o cenário como preocupante do ponto de vista da saúde pública. Situações de adulteração dessa natureza podem resultar em surtos epidêmicos, com múltiplos casos graves e alta taxa de letalidade, exigindo respostas rápidas das autoridades.

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