Sarau Literário em Palmas celebra diversidade e inclusão cultural

O curso de Letras do IFPR Campus Palmas promoveu, no último dia 22, o Sarau Literário, realizado no teatro do curso de Artes Visuais. O evento reuniu estudantes, professores, artistas locais e comunidade externa em uma noite marcada pela diversidade cultural, inclusão e diálogo entre diferentes linguagens artísticas.

Literatura quilombola e poesia slam

Com o tema “Literarte e diversidade de fazer arte”, a programação abriu espaço para apresentações de poesia slam, com falas potentes sobre resistência e negritude. Em seguida, foi exibido um vídeo da escritora Maria Arleti Ferreira da Silva, membro da Academia Palmense de Letras, que apresentou sua obra Da África ao Rocio São Sebastião: Quilombo de Palmas, dando visibilidade à literatura quilombola produzida na região.

Música e rimas urbanas

A música foi outro ponto alto da noite, com destaque para a banda de rock Atavism, formada por Alan Santos, Luiz Argenta e Luciano Marques, além do coletivo de rima Tchandal – composto por Alisson da Silva Ferreira, Geovane de Almeida e Jardel Ricardo de Ramos –, reconhecido por sua poesia urbana conectada às vivências locais.

Os estudantes do curso de Letras também subiram ao palco com uma banda de rock formada por Alan (bateria), Samuel (baixo) e Gabriel (guitarra), arrancando aplausos do público.

Inclusão e performances literárias

Um dos momentos mais emocionantes foi a apresentação musical em Libras, realizada por estudantes surdos do IFPR, mostrando que a arte pode ser acessível a todos.

Outro destaque foi a performance “Pedras, Papéis e Corações”, que reuniu textos de Conceição Evaristo, Carolina Maria de Jesus, Clarice Lispector, Adélia Prado e Carlos Drummond de Andrade, interpretados por professores e alunos. A homenagem também celebrou os 65 anos de publicação de Quarto de Despejo, de Carolina Maria de Jesus, obra essencial da literatura brasileira.

Café literário e valorização da cultura local

O evento encerrou-se com um café literário, acompanhado de exposição de livros e declamações de poesias.

Para a professora Kátia Cilene Silva Santos Conceição, docente de Letras e coordenadora do Nepli (Núcleo de Ensino e Pesquisa em Língua e Literatura), o sarau reafirmou o papel da arte como ferramenta de transformação social.

“O sarau destacou a pluralidade cultural, promoveu a literatura regional e a inclusão, além de reafirmar o compromisso do campus com a extensão, a cultura e o diálogo com a comunidade. A arte é um espaço de acolhimento e celebração de vozes que fortalecem nossa identidade cultural”, afirmou.

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