“A pandemia é uma coisa muito triste, muitas vidas perdidas, para mim foi um momento de apreensão, meses difíceis, do início até agora. Mas, pelo lado esportivo, esse tempo a mais que proporcionou teve um impacto positivo. Em 2020, eu não vinha muito bem, então nesse ano a mais que tive, consegui me organizar melhor, me preparar melhor e mexer na preparação. E meu nível se elevou, esse tempo a mais foi benéfico”, disse o atleta, nesta quinta-feira, em entrevista virtual desde Sirmione, na Itália, onde mora.
Scheidt reconhece que a disputa dos Jogos de Tóquio, por causa da pandemia, será completamente diferente das competições anteriores. “O ponto principal é que, antes e durante os Jogos, é evitar uma infecção ou um teste positivo, isso pode te tirar dos Jogos, seria um momento muito crítico e difícil para qualquer atleta. O cuidado principal é não se infectar nem antes nem durante. Uma coisa secundária é a mudança de rotina, ao que parece a gente não vai ter uma liberdade de sair, dar uma caminhada, comprar alguma coisa, quebrar um pouco a rotina. Vai ser uma rotina muito restrita para todos os atletas e isso tem seu peso.”
O brasileiro acredita em uma disputa mais equilibrada no Japão, pois os velejadores não poderão conhecer o local disputa, se adaptar aos ventos e às correntes marítimas. “Devido à pandemia, nenhum atleta conseguiu se preparar de maneira perfeita, normalmente na vela, os atletas vão ao lugar de competição para se adaptar ao clima, vento e todas as condições climáticas. Chegar nas Olimpíadas assim deixa o lado mental mais importante, e eu passei por muitas Olimpíadas já, e isso pode me ajudar.”
Previstos para o ano passado, os Jogos Olímpicos de Tóquio foram adiados para 2021 e a data de disputa permaneceu a mesma de 2020, entre os dias 23 de julho e 8 de agosto.
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