Um dos principais personagens do atual momento político de Pato Branco, o vereador Januário Koslinski (PSDB), se manifestou na manhã dessa segunda-feira (10), — após o presidente da Comissão Processante (CP), Dirceu Boaretto (Podemos), e o integrante Rafael Celestrin (PSD), terem rejeitado o parecer da relatora Thania Caminski (DEM), que pedia a cassação do prefeito Robson Cantu (PSD), por entender que o mesmo violou o Art. 4º, incisos I e X do Decreto Lei nº 201/67, que trata das responsabilidades do Executivo e do Legislativo.
Desde a manifestação de Boaretto contrário ao voto da relatora, passou a ser cogitada a renúncia de Januário, — que alegando estar sendo coagido e ameaçado por membros do Executivo de Pato Branco, gravou em 22 de setembro uma reunião no gabinete do prefeito.
No entanto, somente nessa segunda, na sala de reuniões da Câmara Municipal de Pato Branco, é que o tucano se manifestou oficialmente sobre o fato. Inicialmente ele convocou a imprensa pato-branquense para uma coletiva, contudo, no memento ele preferiu adotar outra estratégia e fez um pronunciamento.
Em sua declaração, Januário enfatizou que desde a quinta-feira (6), tem sofrido muito. “Sofrendo a ponto de pensar em desistir de ser vereador, e tudo isso, por conta da postura do vereador [Dirceu] Boaretto.”
Conforme Januário, a postura do presidente da CP, o fez pensar em deixar o cargo, uma vez que segundo ele, “não imaginava uma traição desta forma.”
O tucano também afirmou que o relatório entregue por Boaretto a Casa, “não condiz com a verdade”, ao que completou que jamais esperava “tal postura de um colega de Casa.”
Januário ressaltou que “depois de muito pensar, cheguei a conclusão, que a traição não pode prevalecer sobre a confiança em mim depositada pelos meus eleitores. Irei continuar honrando o cargo que foi por mim conquistado, através dos meus eleitores, dizendo a todos que não renunciarei a minha cadeira neste Legislativo.”
Votação
A Câmara deve votar na segunda-feira (17), em sessão que inicia às 17 h, os fatos apurados pela CP, no chamado Caso Cantu.
Em seu pronunciamento, Januário convidou a população para acompanhar a sessão e acompanhar o voto de cada vereador.
“Minha parte eu fiz, agora peço que Pato Branco não me abandone”, disse o vereador tucano ao término de sua declaração.
Dirceu Boaretto
O presidente da Comissão Processante, foi um dos três vereadores que acompanhou presencialmente a declaração dada por Januário. Além dele estiveram na Câmara, o presidente do Legislativo, Claudemir Zanco (PL) e Maria Cristina de Oliveira Rodrigues Hamera (PV).
Ao término da declaração de Januário, Boaretto foi procurado pela reportagem do Diário do Sudoeste. Contudo, o vereador do Podemos disse que não se manifestaria.
