Cerca de 800 pessoas participaram na tarde desta terça-feira (9) do Sebrae Experience, evento que promoveu o debate sobre inovação e empreendedorismo. Realizado pelo Sebrae Paraná, o encontro aconteceu no Gabbana Jardins, em Pato Branco, e contou com palestras e outras atrações.
O Experience foi um dos primeiros grandes eventos presenciais organizados pelo Sebrae na região, após a pandemia de covid-19. Participaram principalmente micro e pequenos empresários do sudoeste e sul do Paraná.
De acordo com Dianalu de Almeida Caldato, consultora do Sebrae, o evento foi organizado para aproximar empreendedores, favorecer o networking entre os participantes e também desmistificar o sentido de inovação. Dianalu, que coordenou o evento, explica que muitos empresários acreditam que inovar é algo que precisa envolver muito dinheiro, ou que é acessível apenas a grandes empresas.
Melhorar um processo, um produto, a forma de relacionamento com o cliente são formas de promover a inovação, explica a consultora. “Nós acreditamos que inovação ajuda muito as empresas a crescer”, completa.
O Sebrae Experience integra uma série de eventos realizados em todo o Paraná. Entre março e outubro serão cerca de 200 eventos semelhantes.
Em Pato Branco, a programação contou com palestras de Gil Giardelli, professor de inovação e roboticista, de Martha Gabriel, executiva e consultora de inovação e transformação digital, e de Paula Abbas, futurologista e analista de tendências.
De modo geral, os palestrantes abordaram temas como novas tecnologias e seus impactos para os novos negócios, as novas relações no mercado de trabalho e inovação na prática, com ênfase em micro e pequenos negócios.
Dianalu explica que o tema do evento foi pensado de forma estratégica para o sudoeste. “Nossa região se destaca muito nesse tema de inovação. E levar esse conhecimento é uma forma de fazer com que as empresas locais se destaquem ainda mais.
Reinventar
De acordo com Cesar Colini, gerente regional sul do Sebrae Paraná, a pauta do empreendedorismo e da inovação é fundamental para o meio empresarial, em especial para os micro e pequenos empreendedores.
É por meio da inovação, segundo ele, que as empresas encontram formas de se reinventar. “A pandemia nos trouxe vários desafios, então há uma expectativa grande sobre o depois. Nós queremos que os nossos empresários repensem seus modelos de negócio e se fortalecem”, disse.
Cenários
A analista de tendências Paula Abbas falou principalmente sobre o futuro no trabalho. Segundo ela, o mundo apresenta novos paradigmas e que afetarão o comportamento das pessoas no mercado de trabalho.
“Um grande desafio do futuro, e que é uma tendência, é a humanização da tecnologia. A gente olha para o futuro e pensa que os robôs vai substituir as pessoas. A perspectiva que eu trago é a humana. Qual será o papel do ser humano nesses próximos anos? Como a gente olha para o ser humano e humaniza a tecnologia”, afirmou.
“Micro e pequenas empresas fazem a inovação”
O professor de inovação e roboticista, Gil Giardelli, analisa que o pós-pandemia pode representar um período de prosperidade, que está intimamente ligado as micro e pequenas empresas. “A Suíça, que é um dos países mais desenvolvidos do mundo, investe pesado nas micro e pequenas empresas, que fazem o motor da inovação girar”, disse.
“O mundo passa por novos tipos de relacionamento, de comércio, de criação, com o advento de tecnologias como o 5G, NFT, Metaverso, novas palavras que criam oportunidades únicas”, completa.
Giardelli disse ainda que a tecnologia rompeu fronteiras, e que inovações desenvolvidas em Pato Branco, por exemplo, podem impactar a vida das pessoas em outras partes do mundo. “Qualquer cidade pode criar. A inovação acontece em cidades com menos de 3 mil habitantes. A gente perdeu essa timidez e termos certeza que somos fantásticos, seres humanos fabulosos. Alguém quer saber nossa história e comprar produtos nossos”, continuou.