Foto: Rodinei Santos/PMPB
As chuvas da semana passada destruíram 12 pontes da área rural de Pato Branco. Ainda, outras sete foram interditadas por estarem parcialmente comprometidas.
Desde então, equipes das secretarias de Agricultura e de Engenharia e Obras, passaram a fazer levantamentos, que devem culminar na recuperação destas pontes, mas também de estrada rurais, uma vez que no diagnóstico inicial, mais de mil quilômetros de vias vão precisar de recuperação.
Nessa sexta-feira (21), a secretária de Agricultura, Vanessa Zanon afirmou que serão recuperadas inicialmente seis pontes, contudo, mesmo com o decreto de Situação de Emergência assinado na sexta-feira (14), será necessário um pouco de paciência, devido aos trâmites de licitação. Por isso também, não há no momento, um cronograma estabelecido.
Conforme a secretária, as primeiras estruturas a serem recuperadas são: a ponte de Independência; a ligação entre São João Batista e Passo da Ilha; em São Miguel; em Quebra Freio; na Serra do Ronda (ponte que foi concluída recentemente, e foi danificada) e uma ponte de madeira sobre o rio Ligeiro também na Serra do Ronda.
A única que em avaliação feita pelas duas secretarias, que será recuperada com vigas, é a sobre o rio Ligeiro, na Serra do Ronda, nas outras cinco serão empregadas galerias.
“Estas galerias também garantem a vasão necessária em dias de chuva”, comenta Vanessa enfatizando que além de serem eficientes, as galerias possuem um custo menor aos cofres do Município.
A conta segundo a secretária é simples, uma ponte de viga, dependendo o tamanho pode custar de R$ 600 mil a R$ 800 mil, mas a mesma ponte sendo feita com galeria pode ter o custo de aproximadamente R$ 100 mil.
Vanessa ainda aponta como beneficia a agilidade na recuperação dos pontos danificados, uma vez que o trabalho de colocação de galeria é mais rápido.
Trabalhos
A intenção conforme Vanessa é de que as pontes sejam recuperadas por equipes do Município, que integram as pastas de Agricultura e de Engenharia e Obras, mas ela volta a ressalvar que é necessário vencer os trâmites burocráticos antes.
Neste meio tempo, equipes da Secretaria de Agricultura, que devido a continuidade de dias chuvosos, e que não consegue realizar a conservação das estradas, estão dando atenção a questão dos bueiros.
Estima-se que existam no município 300 bueiros na área rural, e até o momento, 50 foram desobstruídos. Assim a secretária afirma que o Município está estudando para contratar uma empresa para auxiliar neste serviço.
Já com relação as estradas danificadas, Vanessa que na quarta-feira (12), informou que cerca de mil quilômetros de estradas rurais tinham sido danificadas, volto a falar da situação das vias.
Conforme a secretária, danos são pontuais na grande maioria das estradas. No entanto nas linhas Borges, Caprini e Esperança, onde o rio Chopim e as estradas são bastante próximos existem trechos mais longos de danos.
“Não conseguimos ainda dar atenção para as estradas, pelo fato de o tempo não ter ajudado. Como todos os dias está chovendo, precisamos pelo menos de dois dias sem chuva para colocar as máquinas nas estradas”, comentou a secretária, lembrando ainda que em havendo condições de trabalho das máquinas, as estradas rurais onde passa o transporte escolar passam a ser prioritárias, para garantir a segurança dos estudantes.
Prevenção
Contando com a compreensão dos produtores rurais, quanto as dificuldades momentâneas de recuperação de estradas e pontes, Vanessa também destaca a necessidade de medidas preventivas para evirar futuros danos no campo. “Sabemos que o volume de água foi fora do normal, mas este ano já passamos por duas chuvas intensas, não como esta última, mas de grandes volumes que danificaram bueiros e pontes porque os produtores ao fazerem destoque de matas empurram raízes, nas proximidades dos leitos de rio, e que foram parar no leito com qualquer volume maior de água”, comentou ela avaliando que estes materiais contribuem para que galerias, bueiros e pontes entupam e sejam danificados.
Vanessa que é engenheira agrônoma também destaca a necessidade de contenção nas lavouras, com a chamada conservação de solo. “Claro, a chuva da última semana foi excessiva, mas é importante para as chuvas futuras. Este ano mesmo tivemos várias chuvas, que observamos escorrimento de água nas lavouras e isso é porque não tem conservação de solo. Além da terra da lavoura estar indo para córregos, rios e estradas, os produtores estão perdendo adubo e semente.”
A secretária deixou a disposição dos agricultores equipes da secretaria para orientação quanto a melhor forma de prevenir danos futuros ao solo.