O Conselho Federal de Farmácia (CFF) divulgou, no dia 4 de agosto, os principais medicamentos que estão em falta no Paraná. O número é fruto de um levantamento do órgão, que ouviu 512 profissionais de várias cidades que atuam nas redes pública e privada. Quase 98% deles disseram que têm dificuldades para encontrar determinados medicamentos. Em levantamento do Conselho Federal de Farmácia, aparecem remédios como dipirona e amoxicilina. Diretor diz que fatores internacionais interferem na produção de insumos, afetando abastecimento.
De acordo com o presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi), Norberto Prestes, o Brasil importa 95% dos insumos farmacêuticos utilizados para a fabricação de medicamentos no País. “Já fomos suficientes na década de 80, hoje dependemos da compra desses insumos da China e da Índia”, reforça.
O governo federal atribui o desabastecimento à diferentes fatores: lockdown na China e na Índia, adotado nos dois países, sob qualquer suspeita de surto da doença, fechando algumas cidades e paralisando a fabricação. Também à guerra na Ucrânia, ao aumento dos custos de produção e à escassez de matéria-prima.
O Município de Chopinzinho, como a maior parte dos municípios brasileiros, sofre com a falta de abastecimento de medicamentos básicos. “É importante esclarecer a toda a população que essas faltas acontecem em quase todos os municípios, inclusive, em alguns, a situação é mais grave ainda, mas que o problema de desabastecimento é devido a falta de insumos para sua fabricação, efeitos gerados pela pandemia que assolam diversas áreas da sociedade, e o abastecimento de medicamentos é uma delas”, explica Grazziele Matte Dossena, Secretária de Saúde de Chopinzinho. Uma pesquisa, realizada pela Conferência Nacional de Municípios (CNM) aponta que dos 2.469 municípios brasileiros que responderam à pesquisa, 80% relataram falta de medicamentos básicos da assistência farmacêutica.