Segundo Baldy, os trabalhadores demitidos foram selecionados “de acordo com as equipes de operação”, por terem “incitado” a paralisação ou “prejudicado aqueles que desejassem ir trabalhar”. Nas redes sociais, o secretário publicou ainda que “a greve é um direito”, mas que não pode haver “descumprimento de determinação quando uma equipe se ausenta 100% ou quando trabalhadores são impedidos de fazerem seu trabalho pelos colegas”.
Baldy afirma que nenhum dos 120 operadores da CPTM das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade compareceu ao trabalho nesta terça-feira. Segundo determinação da Justiça do Trabalho, a greve da categoria deveria manter 70% dos profissionais durante os horários de pico e 50% nas demais horas, sob pena de multa de R$ 100 mil por dia. A medida, entretanto, não previa a demissão dos funcionários, caso fosse descumprida.
A greve foi convocada pelo Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil, que ainda não se manifestou sobre as demissões. Em nota de repúdio conjunta após a declaração de Baldy, outros sindicatos ferroviários, que não aderiram à paralisação desta terça, classificaram como “perseguição” a atitude do secretário que, segundo eles, teria o “claro efeito de ameaçar a categoria e impedir que os ferroviários exerçam seu direito”.
O boletim foi assinado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo, pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana e pelo Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo. As entidades também afirmam que estão à disposição “para as medidas cabíveis”.
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