Espécies removidas serão substituídas por jacarandá- mimoso. Retiradas dos ligustrum estão previstas no Plano Municipal de Arborização Urbano
Marcilei Rossi com assessoria
Foi iniciada nesta semana a remoção de 58 árvores, da espécie ligustrum, no entrono do Ginásio de Esportes Dolivar Lavarda. As plantas removidas serão por exemplares da espécie jacarandá-mimoso (jacarada mimosifolia).
A ação também já compreende a execução do Plano Emergencial das calçadas, em parceria com as secretarias de Planejamento Urbano e de Engenharia e Obras, uma vez que os ligustrum são conhecidos por danificar as calçadas, o que segundo arquiteta e urbanista da Secretaria do Meio Ambiente, Raiana Ralita justifica uma remoção em massa das árvores para a substituição por outras espécies.
“Uma arborização adequada promove o enriquecimento da paisagem, reduz os custos de manutenção e os conflitos com a infraestrutura urbana e, também, de indenizações por riscos quanto a acessibilidade”, salienta.
Ainda de acordo com a arquiteta e urbanista, com a retirada das árvores que são qualificadas como impróprias, o Município deve em seguida iniciar a mudança da calçada, uma vez que as atuais lajotas estão em desconformidade com a Lei das Calçadas, “também vamos substituir as árvores, com espécies que não danifiquem as calçadas.”
Conforme Raiana, o entorno do Ginásio Dolivar Lavarda foi o primeiro ponto público com grande intervenção, devido a grande circulação de pessoas, o que também coloca os pedestres em risco, devido a irregularidade das calçadas.
Sem revelar os locais pré-estabelecido pela secretaria paras as próximas intervenções, ela pontua que a intenção é avançar com o plano de arborização, simultaneamente com as calçadas.
Plano Municipal de Arborização
Raiana também explica que essa substituição está de acordo com a portaria 59/2015-IAT e com o Plano Municipal de Arborização Urbana, onde as espécies ligustrum lucidum e ligustrum japonocum, predominante na parte urbana do município, são consideradas exóticas e invasora, devendo ser substituídas gradativamente.
Até o final de 2020, 15 municípios do Sudoeste, dentre eles Pato Branco já contavam com o Plano Municipal de Arborização Urbana, reconhecido pelo Instituto Água e Terra (IAT), ainda outros três, aguardavam o plano ser aprovado.
No caso de Pato Branco, o documento foi revisto e segundo Raiana em julho de 2021. Nesta revisão, foram incorporadas algumas espécies como alternativas para as árvores consideradas invasoras. Ainda conforme a arquiteta e urbanista também houve novos detalhamentos sobre poda e plantio.
Consciência
Uma grande dificuldade relatada por anos pela Secretaria de Meio Ambiente sempre foi o fato de que a população solicitava a remoção das árvores invasoras e não realizava o plantio da recomendada.
De acordo com Raiana mais recentemente está sendo visualizada uma mudança de comportamento da população, que retira, mas na sequência já realiza a substituição.