A inspiração para o apelido veio do homônimo famoso do Rio de Janeiro. Nos anos 70, o estádio sérvio recebia grandes públicos, acima de 90 e 100 mil pessoas. Atualmente, com capacidade reduzida para 55 mil torcedores, o Marakana de Belgrado também se adaptou às mudanças que as arenas em todo mundo sofreram nos últimos anos, com o objetivo de dar mais conforto e segurança aos espectadores.
No entanto, a energia e a mística da arena é a mesma daquela época. O Estrela Vermelha tem torcedores fanáticos e uma história de conquistas importantes, como a Liga dos Campeões da Europa, em 1991. Naquele ano, inclusive, também foram campeões do mundo, com vitória sobre o Colo-Colo, do Chile.
No jogo desta terça-feira contra a Sérvia, a seleção olímpica irá se despedir do período de preparação na Sérvia, e esperar pela lista final para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.
Se não poderemos ver o Marakana sérvio pulsando com torcedores por conta da situação da pandemia, um grupo de convidados assistirá ao vivo esse primeiro encontro entre as duas seleções no estádio. De acordo com as leis sanitárias atuais, a federação de futebol local tem autorização para distribuir ingressos a um grupo limitado de pessoas. A Sérvia é um país onde os números da pandemia são brandos. A população, inclusive, já foi dispensada do uso de máscaras.
VISITA ILUSTRE – Antes de a seleção olímpica entrar em campo para o jogo contra Cabo Verde no sábado, uma visita especial movimentou os bastidores do estádio Partizan, em Belgrado, na Sérvia. Lenda do futebol sérvio, o ex-jogador e treinador de futebol Bora Milutinovic foi prestigiar a equipe brasileira e também reencontrar um amigo dos tempos em que ainda treinava seleções: o coordenador de seleções de base da CBF e do projeto olímpico, o tetracampeão Branco.
Bora foi treinador de cinco selecionados diferentes em Copas do Mundo: México (1986), Costa Rica (1990), Estados Unidos (1994), Nigéria (1998) e China (2002). Simpático e sempre sorridente, Bora recebeu com muita alegria o kit da Seleção Brasileira presenteado por Branco. O sérvio fez logo questão de colocar o boné e começou a relembrar as oportunidades nas quais enfrentou o Brasil.
Em Mundiais, Bora nunca venceu o país do futebol. Perdeu com a China em 2002 e com os Estados Unidos em 1994, quando a seleção brasileira conquistou o tetracampeonato, com Branco entre os convocados. Milutinovic relembrou o gol de Bebeto na vitória sobre os americanos e exaltou Carlos Alberto Parreira e Zagalo.
“Bora é uma referência para o futebol mundial. Dirigiu cinco seleções e foi muito gentil em vir aqui nos prestigiar antes do jogo contra Cabo Verde”, comentou Branco.
O ex-treinador fez questão de conversar em português e desejou muita sorte para a seleção olímpica nos Jogos de Tóquio-2020. Encerrou o encontro recordando a única vitória sobre o Brasil enquanto treinador. Foi sob o comando do México, na Copa Ouro, de 1996, quando bateu a equipe então treinada por Zagallo por 2 a 0. Um feito inesquecível para Bora.
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