A estreia do Brasil no Engenhão aconteceu em 10 de setembro de 2008. Comandada por Dunga, a seleção ocupava o segundo lugar naquela edição das Eliminatórias e era vista como franca favorita diante da Bolívia, lanterna daquele qualificatório. Assim, a expectativa na CBF era por casa cheia e vitória fácil. A realidade, porém, foi outra, com frustração, empate sem gols e muita vaia.
Apesar de estar entre os líderes das Eliminatórias, o Brasil vinha fazendo campanha mediana. Dunga já era contestado e foi alçado a principal responsável pelo empate naquela partida sofrível. Insatisfeitos, os cariocas que foram ao Engenhão passaram os últimos minutos gritando “olé” sempre que os bolivianos tocavam na bola. Em uníssono, cantaram também um “adeus, Dunga” – que acabaria não vindo. Teve ainda pedidos por Obina na seleção.
A sorte do treinador foi que o futebol que se via à época era tão carente de qualidade que apenas 31.422 torcedores se dispuseram a ir ao Engenhão naquela noite. Assim, o coro do adeus se limitou a dois terços da capacidade do estádio, de 45 mil torcedores. O jogo ficou no 0 a 0.
JOGO DA AMIZADE – Em janeiro de 2017, o Engenhão voltou a receber um jogo do Brasil. Dessa vez, o propósito era menos futebolístico e mais solidário: arrecadar fundos para os familiares das vítimas do trágico voo da Chapecoense, que caíra na Colômbia no início do mês anterior, num drama que comoveu o Brasil e o mundo do futebol, com a morte de 71 pessoas entre jogadores, comissão técnica e jornalistas.
Organizado em conjunto pela CBF e Federação Colombiana de Futebol, o amistoso contou apenas com atletas que atuavam em clubes sul-americanos. Por ser início de temporada, os jogadores também estavam longe de suas melhores condições físicas. O Brasil, que já era treinado por Tite, acabou vencendo por 1 a 0, em gol marcado por Dudu, do Palmeiras.
Apesar do aspecto solidário da partida, o Jogo da Amizade também não foi capaz de cativar o público. Naquela noite de janeiro, menos de 19 mil pessoas foram ao estádio no Rio.
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