De acordo com reportagem do Estadão, no dia 8 deste mês, Braga Netto, por meio de um importante interlocutor político, enviou um recado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre as próximas eleições. “O general pediu para comunicar, a quem interessasse, que não haveria eleições em 2022, se não houvesse voto impresso e auditável. Ao dar o aviso, o ministro estava acompanhado de chefes militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica”, diz o texto.
Nesta manhã, o presidente Bolsonaro foi questionado pela reportagem do Estadão sobre o episódio envolvendo o ministro da Defesa. Em cima da moto, Bolsonaro acelerou e não respondeu à pergunta. Neste momento do passeio, Braga Netto já não estava acompanhando o presidente.
O passeio de Bolsonaro ocorre a poucas horas do início de mais uma manifestação contra sua gestão na capital federal. Manifestantes devem se reunir às 15h na área central de Brasília para pedir o impeachment de Bolsonaro.
O movimento é realizado em outros Estados do País e vários outros países e conta com a participação de parlamentares da oposição. Conforme mostrou o Estadão, organizadores das manifestações contra o presidente registraram um aumento no número de atos após o Estadão relevar a ameaça do ministro Braga Netto. A decisão do presidente de entregar o comando da Casa Civil para o senador Ciro Nogueira (PP-PI) também impulsionou os movimentos.
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