Os 2,1 mil trabalhadores dos dois turnos estão em férias coletivas.
Na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, 1,5 mil funcionários estão em lay-off (contratos suspensos) desde o início do mês e a dispensa deve ser mantida até março. Nesse período, a linha de produção funciona apenas com um turno.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba e Região, a fábrica do Paraná só havia parado a produção por falta de componentes durante 10 dias em junho e três dias na semana do feriado de 12 de outubro.
Ao todo, há no momento 6,4 mil trabalhadores da área produtiva de várias montadoras em casa em razão da falta de semicondutores, problema que atinge a indústria automobilística global e que deve se prorrogar até o fim do próximo ano. O número representa 6,3% de toda a mão de obra das fabricantes, hoje em 102,6 mil trabalhadores, incluindo o pessoal administrativo.
Escassez de chip vai seguir até fim de 2022
“Teremos de conviver com esse problema durante todo o ano de 2022”, admitiu, na sexta-feira, o presidente da Volkswagen América Latina, Pablo Di Si. Neste dia, ele anunciou novo plano de investimentos para a região, de R$ 7 bilhões entre 2022 e 2026, valor ser gasto em novos produtos, digitalização e pesquisas e desenvolvimento de etanol para uso em carros híbridos e elétricos.
Em nota divulgada nesta quarta-feira, a Volkswagen informa que, nos últimos meses, e empresa tem trabalhado intensamente, em parceria com a matriz e os fornecedores, para minimizar os efeitos da escassez de semicondutores para a produção em suas fábricas na região. “Entretanto, o cenário atual não demonstra o encaminhamento para uma solução definitiva visando a normalização do fornecimento de chips.”
A Fiat também colocou em lay-off 1,8 funcionários da fábrica de Betim (MG) por três meses a partir de 1º de outubro. Na unidade da General Motors de São José dos Campos (SP) foi adotada a mesma medida para 700 operários, assim como para 300 na planta da Renault em São José dos Pinhais (PR).
Além disso, nas últimas semanas a fabricante francesa abriu um programa de demissão voluntária (PDV) para 250 funcionários. A Honda também ofereceu incentivos para a saída de trabalhadores das plantas de Indaiatuba e Itirapina, ambas em São Paulo, mas não divulgou meta de adesão.
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