“O que estamos fazendo aqui é investigando. A gente não investiga as Forças Armadas, não investiga a OAB, as igrejas católicas e evangélicas, mas pessoas que estão envolvidas com falcatruas, sejam elas pessoas que estão dentro das Forças Armadas, dentro de igrejas, dentro da OAB”, continuou Aziz, fazendo referência a outro episódio da CPI que gerou polêmica, quando o senador disse existir um “lado podre” das Forças Armadas, de envolvidos com falcatrua dentro do governo.
Aziz reagiu após o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), o questionar sobre a postura de Silveira, que não respondeu perguntas sobre sua atuação dentro da Precisa, empresa responsável por intermediar a compra da vacina indiana Covaxin. Silveira também manteve o silêncio quando foi perguntado sobre outras questões não relacionadas à empresa, o que irritou ainda mais os senadores.
O advogado não quis responder, por exemplo, sobre sua relação com o presidente Jair Bolsonaro ou se já trabalhou dentro do Ministério da Saúde ocupando cargo de comissão. Integrantes da CPI reclamam que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que libera Silveira de responder questões que possam incriminá-lo, tem limites, o que obriga o advogado a responder sobre tais situações.
Antes de suspender a sessão para intervalo, Aziz afirmou que tomaria “providências” sobre a situação. “Eu prefiro que o senhor me desrespeite e me responda. Mas acaba com esse ‘com todo respeito’ porque isso é falta de respeito. Eu vou suspender a sessão e depois a gente conversa. Eu vou tomar algumas providências”, disse o senador.
Durante a sessão, o senador Humberto Costa (PT-PE) também alegou que Silveira já advogou por 25 vezes para a VTCLog, outra empresa que tem contratos com o Ministério da Saúde e está na mira da CPI da Covid.
Comentários estão fechados.