O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) mexe com o cenário político ao agendar o depoimento do senador Sergio Moro (União-PR), ex-juiz da Lava Jato, para 16 de novembro. O depoimento visa a investigação sobre suposto abuso econômico na campanha eleitoral de 2022, em que Moro sagrou-se vitorioso na disputa pelo Senado. A denúncia, apresentada pelos partidos PL e PT foi unificada pela Justiça Eleitoral, e que poderiam até resultar na cassação do mandato do senador.
O Contexto da Acusação
As partes acusadoras, PL e PT, respaldam-se na ideia de que Moro teria realizado pré-campanha presidencial pelo Podemos com aportes financeiros “milionários” em viagens, publicidade e eventos. Posteriormente, houve sua migração para o União Brasil e a consequente candidatura ao Senado pelo Paraná. Circunstância decorrente da não efetivação da alteração do domicílio eleitoral para São Paulo.
A assessoria de imprensa de Moro, com temperança, destacou que a convocação para depoimento é parte do “andamento normal do processo”, encarando a situação com respeito e serenidade.
Depoimentos e Testemunhas
Para elucidar os eventos, os suplentes de Moro, Luis Felipe Cunha e Ricardo Guerra, foram convocados a depor. Também testemunhas foram arroladas tanto pela defesa quanto pela acusação. Como o ex-deputado e ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol (Novo-PR), e a presidente nacional do Podemos, deputada federal Renata Abreu (Pode-SP). Os depoimentos acontecem nos dias 26 e 27 de outubro.
Alegações de Ambas as Partes
Guilherme Ruiz Neto, advogado do Partido Liberal, pontua que os gastos com a pré-campanha foram expressivos e que os documentos apresentados pelo União Brasil são “suficientes para cassar o Moro e os suplentes.” Dados referentes a seguranças particulares, transporte, viagens, e uso de carros blindados e de luxo importados estão sob escrutínio. Tendo os gastos na pré-campanha sido descritos como “milionários”.
Por outro lado, o União Brasil reportou gastos de aproximadamente R$ 570 mil com táxi aéreo durante a campanha de 2022. A defesa alega que os gastos estão conforme previsto na legislação eleitoral. Moro, por meio de sua assessoria, assegurou que as atividades e gastos estavam dentro dos parâmetros legais, com todos os custos devidamente contabilizados.
Projeções para o Futuro
Conforme o desenrolar desse caso, os eleitores aguardam os depoimentos e o desenlace jurídico dos processos. A expectativa da defesa do PL é que um veredito seja alcançado em 2023. Enquanto isso, o cenário político se mantém atento, dado que os desdobramentos deste caso têm o potencial de reconfigurar a estrutura política atual.
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