
O senador Sérgio Moro (União Brasil-PR), pré-candidato ao governo do Paraná, esteve em Pato Branco, no Sudoeste do Estado, nesta quinta-feira (24), para um encontro com empresários na sede da Associação Empresarial.
Durante a reunião, Moro abordou os impactos das tarifas impostas pelos Estados Unidos, a relação entre os poderes no Brasil e sua possível candidatura ao governo estadual em 2026.
Segundo o senador, a visita faz parte de uma “caravana pelo Paraná” durante o recesso legislativo:
“O objetivo é prestar contas, ouvir críticas e discutir os desafios do país. No recesso conseguimos fazer uma jornada mais longa”, disse.
Impacto das tarifas dos EUA preocupa setor produtivo paranaense
Um dos principais temas discutidos foi a taxação imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, anunciada pelo governo Donald Trump. Moro alertou para os efeitos negativos:
“Aqui no Paraná, já temos empresas do setor madeireiro anunciando férias coletivas devido às tarifas”, citou.
Ele destacou ainda prejuízos para produtores de suco de laranja na região Noroeste e de tilápia no Oeste do Paraná, ambos com forte mercado exportador para os EUA.
O senador criticou a postura do governo federal:
“O governo Lula tem que dialogar e negociar. Não é hora de bravatas. Quem perde com essa guerra tarifária são os dois países”, afirmou.
Para Moro, a questão vai além do comércio:
“Há risco de afastamento do Brasil das democracias ocidentais, especialmente dos EUA, nosso aliado histórico, e isso é muito perigoso.”
Moro admite possibilidade de disputar governo do Paraná em 2026
Questionado sobre uma eventual candidatura, Moro afirmou que há possibilidade real:
“Não vou deixar o Paraná na mão. Decidirei até o final do ano ou início do próximo. Há probabilidade sim”, declarou.
Ele disse se sentir honrado com as pesquisas que o colocam na liderança e destacou que o Estado precisará de “mãos firmes” a partir de 2027.
Críticas à relação entre os Poderes e proposta de reforma do STF
Moro também comentou a relação entre Executivo, Legislativo e Judiciário, criticando decisões do Supremo Tribunal Federal:
“Há invasão de competências. Precisamos rediscutir o papel do STF e talvez propor uma ampla reforma judiciária em 2027”, disse.
Como exemplo, citou a suspensão do aumento do IOF, aprovado pelo Congresso e barrado por liminar de um ministro do STF:
“Quem perde não é o Congresso, é a sociedade”, afirmou.
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