Pois seu sonho foi realizado. Durante quatro anos, foi como se ele tivesse se sentado no cantinho, só vendo John, Paul, George e Ringo fazerem sua mágica. O resultado é a série The Beatles: Get Back, disponível desde quinta-feira, dia 25, no Disney+. O desejo do diretor vencedor do Oscar por O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei é colocar cada espectador naquele estúdio. “Não queria imagem granulada, nem entrevistas no presente. Queria que estivéssemos lá, com eles.”
Lá, no caso, é janeiro de 1969, quando eles preparavam 14 novas canções para seu primeiro show em dois anos, que resultaria em um novo disco e em um documentário. A filmagem foi feita por Michael Lindsay-Hogg para o longa Let It Be, lançado apenas em maio de 1970, junto com o álbum de mesmo nome e um mês depois do anúncio do fim dos Beatles.
PRELÚDIO. Por causa disso, ficou conhecido como um longa que documentou a relação desgastada entre os membros da banda e seu fim. Jackson sempre teve curiosidade de saber se havia material não usado no filme de Lindsay-Hogg. Havia, e Jackson começou a analisar as 60 horas de gravações inéditas.
“Eu comecei a rir. Era inacreditável estar vendo Paul compor Get Back”, disse. Há, sim, o momento em que George Harrison abandona a gravação. “Mas isso é da vida, não são os Beatles rompendo.” Porque, na verdade, não era mesmo: era janeiro de 1969, 15 meses antes do anúncio do fim.
Há humor, há a mágica que eles conseguiam criar juntos e, claro, algumas rusgas, diz o diretor. Mas nenhum xingamento. Só muita amizade e companheirismo. Mesmo a presença de Yoko Ono, sempre controversa, pode ser analisada com outros olhos. “Ela está lá porque John está apaixonado”, afirma. “Os outros a aceitam porque amam John. E Yoko em momento nenhum interfere no que estão fazendo.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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