Servidores da Adapar publicam carta aberta sobre atual cenário de trabalho

Documento pede apoio ao agronegócio e fala sobre possível colapso no sistema; problema pode ser causado por falta de reajuste nos salários e por congelamento das progressões e promoções

Faltando apenas um dia para o Paraná receber o reconhecimento internacional de Área Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação, servidores da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) de todo o Estado protestam por melhores condições de trabalho.

Em uma carta aberta, elaborada pela Comissão Estadual dos Servidores da Adapar e pelo Sindicato da Defesa Agropecuária do Paraná e apresentada ao agronegócio, profissionais questionam o não reajuste nos salários nos últimos cinco anos e o congelamento de progressões e promoções.

Para os profissionais, “a Adapar e seus servidores não estão recebendo a merecida valorização, o que dificulta na manutenção de seus serviços de excelência, já reconhecidos internacionalmente”, informa um trecho da carta.

Outro ponto do documento comenta sobre quantidade de servidores que deixaram a agência nos últimos anos por falta das ideais condições de trabalho. “Em levantamento de dados de Recursos Humanos do período de 2008 a 2018, entraram 441 servidores nas atuais carreiras da Adapar e saíram 195, resultando em um índice de saída de 47,45%, ou seja, neste período, de cada 100 servidores que entraram na Adapar, 47 saíram, mesmo em fases sem a ocorrência de outros concurso públicos.”

Por fim, a carta traz um pedido de apoio ao setor agropecuário e a toda população. “Diante do exposto, solicitamos seu apoio junto ao Governo do Estado do Paraná para que sejam restabelecidas as progressões e promoções para as carreiras da Adapar, fazendo justiça aos servidores que não interromperam os serviços de vigilância, fiscalização e certificação sanitária e fitossanitária na agropecuária paranaense.”

A carta completa pode ser visualizada abaixo:

https://media.diariodosudoeste.com.br/2021/02/36b0fc08-carta-aberta-nota-final-e-atualiza-sindefesa-pr-e-comissão-de-valorização-dos-servidores-da-adapar-ao-setor-agropecuário-do-pr-1.pdf

Preocupação com futuro

De acordo com Ramão Honório Serpa e Adriana Lazaroto, fiscais de defesa agropecuária da microrregião de Pato Branco, a carta é um pedido de socorro. Segundo eles, os servidores precisam de motivação, ainda mais agora, com a chegada do reconhecimento de área livre de aftosa, onde os serviços de fiscalização aumentarão.

“Do jeito que nossa estrutura está ficando e como nossos servidores estão desmotivados, estamos preocupados com o que vai acontecer amanhã. Como isso não é um trabalho isolado, é um trabalho que envolve toda a sociedade e tem um efeito para todos, nesse momento, nos sentimos na obrigação de levantar essas questões”, explicaram à reportagem do Diário.

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