“Meus irmãos passaram por muito preconceito, pois falavam que surfista era vagabundo ou que usava droga. Mas agora o esporte está aqui na Olimpíada e espero que isso mude a cabeça de muita gente”, disse a surfista brasileira, chorando.
As lágrimas da atleta de 36 anos eram de alívio também. Ela discursou contra os preconceitos na sociedade e agradeceu à sua namorada Juliana Sousa. “Nós vamos casar ainda este ano. Acho que é importante a pessoa se conhecer mais. As pessoas que saem do armário vão ser as mais felizes do mundo”, comentou.
Silvana fala abertamente sobre o fato de ser homossexual e espera que sua trajetória ajude a inspirar outras pessoas. “É um orgulho para o surfe feminino estar aqui. Espero que apareçam mais apoios para ajudar o esporte a mudar de patamar”, afirmou, dizendo que está se sentindo bem e ainda agradeceu à sua família e aos seus patrocinadores.
Na disputa com a tetracampeã mundial Carissa Moore, Silvana não conseguiu encontrar boas ondas e acabou perdendo por 14,26 a 8,30 nas quartas de final. No domingo, a brasileira Tatiana Weston-Webb já havia sido eliminada nas oitavas de final.
Apesar do resultado adverso no feminino, Silvana já levantou a cabeça e mirou o futuro. “Queria muito chegar ao pódio, mas não deu. Estou bem e acho que ainda posso estar na próxima Olimpíada”, concluiu.
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