O Monitor de Secas, divulgado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) na sexta-feira (17), indicou uma redução na intensidade da seca na região norte do Paraná durante o mês de dezembro. O levantamento contou com a colaboração do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).
O mapa do Monitor de Secas utiliza uma escala de cores para classificar a intensidade da seca, variando de S0 (menos intensa) a S4 (mais intensa). Em novembro, a região centro-norte do Paraná registrava seca grave. Já em dezembro, a situação apresentou melhora, com a seca reduzida para níveis moderados e fracos na mesma área.
De acordo com a ANA, esse tipo de seca é comum na região. Nas demais áreas do Estado, não houve registro de déficit acentuado de chuvas no período.
O meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib, comentou sobre o cenário:
“A redução da seca é um cenário ideal no verão, já que as chuvas são mais frequentes. No entanto, no extremo norte do Paraná, na divisa com São Paulo, as chuvas têm sido irregulares e abaixo da média para o período.”
Essa irregularidade, mesmo com chuvas recentes, pode ainda trazer impactos para a agricultura e os reservatórios de abastecimento de água.
Previsão para Janeiro
Segundo o Simepar, há previsão de aumento das chuvas nas áreas mais afetadas ainda em janeiro, o que pode ajudar a amenizar o impacto da seca. A regularização do regime hídrico é crucial para a recuperação do solo agrícola e para o abastecimento de água nas localidades mais críticas.
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Monitor de Secas
O Monitor de Secas foi implementado em 2014, inicialmente para atender à região do semiárido brasileiro, que enfrentava desde 2012 uma das secas mais severas dos últimos 100 anos. Em 2017, a ANA passou a coordenar o projeto, articulando as instituições responsáveis pela elaboração dos mapas.
Metodologia de Análise
O Simepar desempenha um papel fundamental no Monitor, realizando mensalmente análises das regiões Sul e Sudeste do Brasil. O trabalho envolve o cruzamento de diversos dados, incluindo:
- Precipitação;
- Temperatura do ar;
- Índice de vegetação;
- Níveis dos reservatórios;
- Dados de evapotranspiração (relação entre temperatura e evaporação da água).
A cada três meses, o Simepar também coordena a criação do mapa nacional completo, que oferece uma visão abrangente sobre o cenário de seca em todo o Brasil.
Embora o verão tenha contribuído para a redução da intensidade da seca no Paraná, as chuvas não foram suficientes para mitigar a seca de longo prazo em algumas regiões, especialmente no norte do estado. Essa condição pode continuar afetando setores como a agricultura e o abastecimento hídrico, exigindo atenção contínua das autoridades e produtores rurais.
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