A primavera começa neste domingo, 22 de setembro, às 09h44, e segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), a estação será marcada por temperaturas acima da média e chuvas ligeiramente abaixo do normal em todo o estado. O fenômeno La Niña, de fraca intensidade, influenciará o clima, mantendo as temperaturas mais elevadas até o primeiro trimestre de 2025.
Clima na primavera
O primeiro dia da primavera terá tempo quente e seco na maioria das regiões do Paraná. Domingo Pato Branco tem previsão de tempo aberto, com sol, e temperaturas variando entre 17ºC e 29ºC. Francisco Beltrão entre 17ºC e 30ºC. Mínima de 15ºC em áreas como Guarapuava, Ponta Grossa e Curitiba, e máxima de 33ºC nas regiões mais quentes, como Paranavaí, Maringá e Londrina. Ao longo da estação, os dias se tornarão mais quentes, com ondas de calor previstas.
O meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib, explica que, além de La Niña, as águas do Oceano Atlântico Sul e a temperatura do ar sobre a América do Sul continuarão acima do normal, intensificando o calor na região.
Chuvas e eventos extremos
A previsão para outubro indica que as chuvas devem seguir um padrão normal, mas nos meses de novembro e dezembro, as precipitações ficarão abaixo da média. Essa redução nos volumes de chuva, combinada com temperaturas elevadas, pode levar a longos períodos de estiagem.
A primavera, como estação de transição, é propícia a eventos meteorológicos severos, como rajadas de vento, granizo e chuvas intensas, com alta incidência de raios. Esses fenômenos são de difícil previsão com antecedência, tornando essencial o monitoramento diário e a emissão de alertas de curto prazo para prevenir danos.
Agrometeorologia e cuidados nas lavouras
A agrometeorologista do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Heverly Morais, alerta para os desafios que a primavera trará para os agricultores. Culturas como soja, milho e feijão podem enfrentar atrasos na semeadura, crescimento irregular e deficiência no desenvolvimento dos grãos. Para mitigar esses efeitos, é recomendado o escalonamento da semeadura e a escolha de cultivares adaptadas à região.
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As altas temperaturas e períodos de seca também podem prejudicar hortaliças, café, cana-de-açúcar e pastagens, exigindo maior cuidado com irrigação e controle de pragas.
Plantio Direto
Uma estratégia recomendada para enfrentar os períodos de estiagem é o uso do plantio direto, que melhora a estrutura do solo, facilita a infiltração de água e reduz a evaporação. Heverly Morais destaca a importância do planejamento e da assistência técnica para garantir que os benefícios dessa técnica sejam colhidos no médio e longo prazo.
Monitoramento e previsão diária
O Simepar oferece previsões diárias detalhadas, que podem ser acessadas pelo site oficial e pelas redes sociais. Além disso, a população pode se inscrever para receber avisos de eventos meteorológicos severos via SMS, enviando o CEP para o número 40199.
TABELA – Valores médios históricos de chuva (faixa de variação), temperaturas do ar mínimas e máximas para cada região do Paraná nos meses de outubro, novembro e dezembro
Regiões | Outubro | Novembro | Dezembro | ||||||
Chuva (mm) | TMIN (°C) | TMAX (°C) | Chuva (mm) | TMIN (°C) | TMAX (°C) | Chuva (mm) | TMIN (°C) | TMAX (°C) | |
Litoral | 148 – 227 | 17,6 | 25,2 | 138 – 220 | 18,7 | 26,7 | 206 – 295 | 20,4 | 29 |
RMC | 100 – 190 | 14,1 | 24,7 | 86 – 132 | 15,0 | 26,0 | 79 – 183 | 16,8 | 27,7 |
Centro | 131 – 226 | 14,5 | 26,1 | 94 – 166 | 15,4 | 27,1 | 115 – 209 | 16,9 | 28,1 |
Sul | 165 – 264 | 13,6 | 24,8 | 91 – 179 | 14,6 | 26,3 | 120 – 192 | 16,1 | 27,6 |
Sudoeste | 141 – 306 | 15,8 | 27,3 | 86 – 172 | 16,7 | 28,7 | 91 – 241 | 18,3 | 29,6 |
Oeste | 120 – 236 | 17,9 | 30,0 | 101 – 199 | 18,4 | 30,5 | 90 – 196 | 19,9 | 31,2 |
Norte | 90 – 220 | 17,8 | 29,7 | 100 – 181 | 18,4 | 30,1 | 101 – 214 | 19,8 | 30,6 |
Obs.: Estes dados são divulgados para fins de informação como referenciais das médias históricas para a estação. Não devem ser utilizados para deduções sobre previsão do tempo, a qual é feita por profissionais de meteorologia com base na análise de um conjunto de fatores e indicadores de monitoramento ambiental da atualidade.
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